O potencial de geração das usinas certificadas, por exemplo, é superior a toda energia elétrica produzida no Brasil, em 2020, com carvão mineral. Isso significa menos poluição do ar, já que a energia gerada nessas usinas deve evitar a emissão de mais de 3 milhões toneladas de CO2. Para retirar essa quantidade de gás poluente do ar é necessário cultivar 21 milhões de árvores nativas por 20 anos.
Novas diretrizes
O Selo Energia Verde é emitido pela UNICA (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) todos os anos. Para 2021, as diretrizes do programa foram atualizadas quanto à concessão para comercializadoras e consumidores livres. O lançamento será no Webinar: Sustentabilidade Ambiental, Bioeletricidade e o Selo Energia Verde – Edição 2021. O evento é promovido pela UNICA, CCEE e ABRACEEL.
O evento terá a participação dos executivos das Entidades, além de duas palestras: “A sustentabilidade ambiental na matriz elétrica brasileira: perspectivas para a próxima década”, com a superintendente-adjunta de Meio Ambiente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Glauce Botelho, e “Os fundamentos e as diretrizes do Programa de Certificação da Bioeletricidade UNICA/CCEE/ABRACEEL – Edição 2021”, com o gerente de Bioeletricidade da UNICA, Zilmar Souza.
O webinar será no dia 4 de março, das 15h às 16h. Para participar é só acessar o link: https://bit.ly/3dMvKWK.
O programa
Criado em 2015, o Programa de Certificação da Bioeletricidade foi idealizado pela UNICA, em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e conta com o apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL). O programa, o primeiro do tipo no mundo focado estritamente no setor sucroenergético, busca incentivar a participação da bioeletricidade na matriz energética brasileira, ao mesmo tempo que oferece ao mercado livre a possibilidade de mostrar preocupação com o consumo responsável.
Para a usina associada à UNICA conseguir o Certificado Energia Verde há necessidade de atender a determinados requisitos, como cumprir critérios de eficiência energética na produção de energia elétrica, além de o combustível principal empregado na geração ser biomassa, dentro outras diretrizes.
O Certificado tem renovação anual e adesão voluntária, sendo permitida a participação no Programa de comercializadoras e consumidores atuantes no mercado livre, que podem conseguir o Selo Energia Verde ao adquirir bioeletricidade das 51 usinas certificadas, conforme as Diretrizes do Programa. Tanto o Certificado quanto o Selo Energia Verde são concedidos sem custo aos agentes.