Na última sexta-feira, 4 de março, uma usina de energia solar foi inaugurada no Parque de Exposições Lídia Calabreta Massi, em Ivinhema, Mato Grosso do Sul, e consiste no maior projeto desenvolvido, executado e gerido pela rede de franquias Solarprime no ramo de usinas de geração de energia.
Com investimento realizado pelo Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), a usina fotovoltaica tem 2.670 painéis solares instalados e uma capacidade de geração de 1 MW, em uma área total de 1,94 hectares.
“Esta usina traduz o avanço da tecnologia e a mudança da energia no Brasil e no mundo. Estamos falando de uma tecnologia de ponta instalada no campo que produz uma quantidade significativa de economia e quebra paradigmas. Por muito tempo foi considerado impossível produzir essa energia através do sol. E hoje isso é uma realidade e está em uma cidade do interior, o que é uma grande referência na região. Ou seja, a energia solar hoje é parte da vida das pessoas de pequenos municípios no país”, comenta Raphael Brito, sócio fundador da Solarprime.
Brito comenta também sobre a importância da usina, tanto para o lado de quem recebe a energia gerada, quanto para a própria empresa que desenvolveu e realizou todo o projeto:
“A importância da construção dessa usina para a Solarprime configura dois grandes valores da empresa: primeiramente o valor financeiro, que é a economia financeira para o bolso da instituição. Ou seja, uma grande instituição financeira investe na energia solar ao invés de deixar em uma carteira de investimento. Isso mostra que investir em energia solar traz muito mais retorno. O benefício financeiro é muito grande. O segundo valor é que vai muito além do preço. Este projeto para nós é uma lupa, que demonstra a qualidade, a segurança e também a beleza que a Solarprime executa em cada um dos projetos, independente do tamanho”, pontua o empresário.
Este é o maior investimento da região em produção de energia solar, e a produção dela está destinada para abastecer a sede regional do Sicredi, assim como para os seus cooperados.
“Desenvolvemos um projeto que mais se adequou à realidade do cliente, que são várias agências. Para isso, oferecemos toda a consultoria de locação de área, disposição da usina, os melhores e mais apropriados equipamentos, pensando não só na montagem da usina, mas na alteração a longo prazo. E tudo foi feito com a ideia de uma usina que vai funcionar por 25 anos. Então a escolha dos equipamentos, modelo de usina e configuração do projeto foi realizada para uma operação com essa longevidade. Primeiro enxergamos essa necessidade do cliente, depois entregamos a melhor solução que se adequa”, afirma Vitor Sleiman, desenvolvedor do projeto da usina pela Solarprime.
Energia solar no Brasil em 2022
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) estima que o Brasil deverá encerrar 2022 com quase 25 GW de capacidade instalada em energia solar.
O que representaria um crescimento de mais de 91,7% em relação aos números atuais do país, que hoje tem pouco mais de 13 GW. Ainda segundo a Associação, até 2040, teremos 126 GW de energia gerados pela luz solar no Brasil. Isso tornaria a tecnologia no topo em geração de energia no país, superando até as fontes hídricas.
De acordo com as projeções da entidade, mais 11,9 GW devem ser adicionados a geração de energia neste ano – com a soma tanto de usinas e sistemas próprios de geração de energia.
Vale lembrar que no ano passado, a Associação apontou que 2021 fecharia com 12 GW de potência em operação, o que de fato se concretizou.
Como funciona o processo de transformar energia solar em elétrica
Um dos grandes benefícios da energia solar é que é possível gerar energia em grande escala e de forma centralizada.
As usinas solares normalmente utilizam sistemas fotovoltaicos de grandes dimensões, desenvolvidos para a produção e comercialização de energia elétrica.
E apesar de funcionar em uma escala maior, a usina gera energia de forma semelhante aos painéis que são usados em residências, por exemplo.
Basicamente, as painéis fotovoltaicas absorvem a energia do sol e criam um potencial elétrico.
Essa energia gerada chega em forma de corrente contínua e é direcionada para inversores, que transformam ela em uma corrente alternada e assim possibilita o consumo.
A partir daí, é direcionada para seu fim. Seja para a indústria, para o agronegócio ou para abastecer residências.