O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, nesta terça-feira (08/03), o Boletim Mensal de Energia de dezembro. O documento estima que a Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) cresceu 4,8% devido à recuperação de recuos ocorridos em 2020 e a maior geração elétrica térmica resultante da seca que se agravou em 2021. Conhecida também como Demanda Total de Energia Elétrica, a soma inclui o consumo nos setores econômicos e as perdas na distribuição e transmissão.
As fontes eólica e solar foram os destaques com 2,9 Pontos Percentuais (PP) na composição da matriz da OIEE, chegando a 13,4%. Essas fontes perdem somente para a hidráulica, que detém 56,7%. A oferta de energia elétrica por gás natural, que cresceu acima de 50% em 2021, ficou em terceiro lugar com 12,3%, 4 PP acima do indicador de 2020.
Na geração solar, a geração distribuída foi estimada com alta próxima de 115%, quatro vezes o indicador da geração centralizada.
Apesar das altas taxas, as fontes renováveis na OIEE devem perder participação perto de 6 PP, em razão de fortes recuos na geração hidráulica e na geração por bagaço de cana.
É importante ressaltar que o Brasil, com os 13,4% de participação de eólica e solar na OIEE, já ultrapassa o indicador do bloco de Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), previsto em 13% para 2021.
O estudo foi realizado pelo Departamento de Informações e Estudos Energéticos, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (DIE/SPE) do MME.