A busca por fontes de energia limpa tem sido pauta em todo o mundo.
Novas alternativas vêm sendo exploradas a fim de diminuir danos ao meio ambiente, visando manter o desenvolvimento econômico sob o pilar da sustentabilidade.
Para o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o Brasil tem marcado presença em diálogos sobre políticas globais rumo a nova economia neutra em emissões até 2050.
Em entrevista para a Full Energy, Leite fala sobre o papel do Brasil em âmbito mundial quando o assunto é energia limpa, explica quais são as atuais prioridades do Ministério e o programa Metano Zero.
1-No mundo todo, mas em especial na Europa, o setor de energia limpa mudou radicalmente nos últimos meses. Qual papel do país diante desse cenário?
O Brasil tem participado ativamente das discussões sobre políticas globais rumo a uma nova economia neutra em emissões até 2050.
À luz do processo de acessão do país à OCDE, niciado em janeiro último, levamos contribuições importantes do Governo Federal nos debates no âmbito do EPOC, que é o Comitê de Políticas Ambientais da OCDE. Lá reafirmamos nosso compromisso inequívoco com a proteção ambiental, buscando sempre soluções climáticas lucrativas para empreendedores, para as pessoas e para a natureza.
2-Quais são as prioridades do Ministério do Meio Ambiente nesse setor?
O Governo Federal trata como prioridade as três áreas tema dessa importante reunião ministerial de que participamos: qualidade do ar, poluição por plásticos e mudança do clima.
No que se refere à mudança do clima, destacamos o Compromisso de Redução de Metano, fomos o primeiro país a transformar promessas em medidas concretas, com o lançamento do Programa Nacional de Redução de Emissões de Metano – Metano Zero, com foco em resíduos orgânicos dos setores de suínos, aves, laticínios, cana de açúcar e aterros sanitários, lançado na semana passada.
Temos ainda o compromisso com o Mercado Regulado Nacional de Emissões, o Governo Federal também iniciou a implementação do mais moderno e inovador mercado regulado do mundo com foco em exportação de crédito de carbono de diversas fontes, com Floresta Nativa, Energia Renováveis, Agricultura e Resíduos Sólidos. 3-O senhor mencionou poluição e o programa Metano Zero, lançado recentemente.
A geração de biometano contribui para a redução da poluição? Sim. Um dos benefícios do programa Metano Zero é tratar o lixo da cidade e do campo: resíduos orgânicos de aves e suínos, cana de açúcar e aterros sanitários. Tudo isso para gerar biogás e biometano, para energia e combustível. Nessa área, temos intensificado nossas medidas de enfrentamento à poluição por meio de diversos programas como o Combate ao Lixo no Mar, Rios+Limpos, Lixão Zero e especialmente o Campo Limpo, programa de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas (com 94% de retorno). 4-O Ministério do Meio Ambiente está trabalhando em novas frentes de geração de energia limpa? Sim.
Os próximos passos deverão incluir a renovação da frota de caminhões e a regulamentação do setor de Energia Eólica Marinha. Estudos do Ministério do Meio Ambiente apontam para um cenário de enorme potencial, da ordem de 700 GW e com alta atratividade econômica. Por último, já foram iniciados os estudos para o desenvolvimento de Plano Nacional de Hidrogênio Verde, com o objetivo de tornar o Brasil grande exportador de energia limpa.
3-O senhor mencionou poluição e o programa Metano Zero, lançado recentemente. A geração de biometano contribui para a redução da poluição?
Sim. Um dos benefícios do programa Metano Zero é tratar o lixo da cidade e do campo: resíduos orgânicos de aves e suínos, cana de açúcar e aterros sanitários. Tudo isso para gerar biogás e biometano, para energia e combustível. Nessa área, temos intensificado nossas medidas de enfrentamento à poluição por meio de diversos programas como o Combate ao Lixo no Mar, Rios+Limpos, Lixão Zero e especialmente o Campo Limpo, programa de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas (com 94% de retorno).
4-O Ministério do Meio Ambiente está trabalhando em novas frentes de geração de energia limpa?
Sim. Os próximos passos deverão incluir a renovação da frota de caminhões e a regulamentação do setor de Energia Eólica Marinha. Estudos do Ministério do Meio Ambiente apontam para um cenário de enorme potencial, da ordem de 700 GW e com alta atratividade econômica. Por último, já foram iniciados os estudos para o desenvolvimento de Plano Nacional de Hidrogênio Verde, com o objetivo de tornar o Brasil grande exportador de energia limpa.