AES Brasil assina pré-contrato com o Complexo de Pecém para produção de hidrogênio e amônia verdes

Companhia inicia estudos de viabilidade técnica e comercial para a construção de uma unidade fabril com capacidade inicial de produção de até 2 GW de hidrogênio verde

A AES Brasil, empresa geradora de energia 100% renovável, assinou um pré-contrato com o Complexo de Pecém para avançar com os estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio verde e de até 800 mil toneladas de amônia verde por ano, seguindo sua estratégia de contribuir para descarbonização da matriz energética global, por meio de novas tecnologias que ajudem os clientes nesta missão.

A Companhia tem interesse em viabilizar uma planta de produção e comercialização de hidrogênio verde e seus derivados utilizando o terminal cearense para exportar sua produção, principalmente, para países da Europa.

Dando continuidade ao Memorando de Entendimento assinado em dezembro de 2021, o pré-contrato permitirá à AES Brasil continuar a avançar nos estudos de viabilidade técnica e comercial do projeto.

“Somos hoje um importante parceiro de empresas que buscam a transição energética e caminhos para a descarbonização de sua matriz.

Para a AES Brasil, a assinatura desse pré-contrato representa mais um passo importante rumo à diversificação de nosso portfólio, baseado em soluções inovadoras e em energia 100% renovável”, afirma Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil.

O hidrogênio verde é um vetor energético que desperta o interesse do mercado na medida em que as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa se tornaram mais desafiadoras e seu custo vem se tornando competitivo, com a diversificação de fontes de energias renováveis.

“O hidrogênio se apresenta como excelente fonte de energia devido à sua abundância e ao seu potencial energético. Quando produzido a partir de uma fonte limpa, como a energia eólica ou solar, torna-se a chave para o movimento de descarbonização do planeta; e o Brasil reúne uma das melhores condições para a produção do hidrogênio verde, tanto pela complementaridade de suas fontes como por sua posição geográfica”, afirma Ítalo Freitas, vice-presidente de Novas Soluções e Inovação da AES Internacional.

Política Pública para o desenvolvimento do mercado

A cadeia do H2V tem características únicas que exigem políticas públicas específicas para sua viabilização.

O hidrogênio verde é um vetor energético, e não uma fonte primária de energia, como o vento ou o sol, por exemplo.

Por esse motivo, necessita de uma cadeia de infraestrutura tanto para sua produção quanto para sua distribuição.

Ele pode ser considerado um meio sustentável de armazenamento por longos períodos, e de transporte e exportação de grande quantidade de energia renovável.

Além disso, como o hidrogênio verde também pode ser utilizado como produto químico, também é uma forma importante de descarbonizar outras indústrias, como a de fertilizantes ou siderurgia.

“É importante considerarmos um cenário de médio e longo prazos para a consolidação do hidrogênio e da amônia verdes como energéticos competitivos no mercado. E, neste espaço, o Brasil tem potencial para se tornar líder global na sua produção e exportação. Para isso, é necessário que uma forte política pública, envolvendo diversos setores produtivos da economia, ganhe corpo. Com objetivos claros e coordenados, podemos estabelecer metas realmente tangíveis de serem alcançadas”, afirma Luis Sarrás, diretor global de Hidrogênio Verde da AES.

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