Dentro do cenário atual, no qual a transição energética ganhou destaque estratégico nos negócios e a sustentabilidade tonou-se assunto recorrente nos boards das empresas, a operação da GreenYellow no País registrou um crescimento de 23%, em 2022.
A companhia multinacional francesa especializada em eficiência energética, energia solar, de serviços em energia e mobilidade elétrica registrou R$374 milhões de receita no período.
Esse valor é resultado de avanços efetuados ao longo do ano nas quatro frentes de negócio que a empresa trabalha localmente: energia solar, eficiência energética, serviços em energia (comercializadora, armazenamento, gestão de faturas, entre outros) e mobilidade elétrica.
Um dos pilares que mais se destacaram este ano foi, sem dúvida, o fotovoltaico. A conexão de 24 MWp em geração distribuída (GD) possibilitou à empresa chegar ao total de 110 MWp de potência instalada, com perspectivas de conectar mais de 60 MWp este ano.
Em virtude da força-tarefa realizada em 2022 para a obtenção de pareceres de acesso em dez estados como Bahia, Goiás, Ceará e no Piauí, ainda há potencial para a realização de projetos dentro do segmento neste ano, ainda com as regras anteriores à aplicação da Lei 14.300, que começou em 06 de janeiro.
De acordo com Marcelo Xavier, presidente da GreenYellow no Brasil, a companhia tem atualmente um pipeline superior a 440 MWp para os próximos anos.
“Tendo em vista o rápido desenvolvimento do mercado de solar no Brasil, estamos planejando para a GreenYellow a entrada, num curto prazo, no segmento de geração centralizada. Já temos a outorga de mais de 140 MWp para fazendas fotovoltaicas nessa modalidade. Ainda com relação à solar, atualmente, estamos na fase de desenho dos novos modelos de negócio para, em seguida, iniciarmos a prospecção de potenciais clientes, com foco em autoprodução no Mercado Livre de Energia e soluções behind the-meter (carport e telhado solar)”, afirma.
Xavier conta, ainda, que a GreenYellow realizou uma série de movimentos, no ano passado, envolvendo os negócios em energia solar, entre eles o contrato de geração descentralizada junto a 2W, em agosto, e a viabilização de um Projetc Finance com o BNDES para o financiamento de 11 usinas fotovoltaicas.
“Para 2023, iniciativas como esta com o BNDES serão chave para suportar o crescimento da companhia, fazendo uma composição de capital próprio, Project Finance e M&A”.
No que se refere à eficiência energética, por sua vez, a GreenYellow acumula mais de 900 contratos em operação atualmente.
Nesse contexto, 2022 foi um ano importante para a consolidação da empresa como fornecedora dentro do modelo Utility as a Service (UaaS), no qual faz a locação do ativo e é a responsável pela operação no cliente ao longo do tempo de contrato, como aconteceu no projeto implementado junto à rede de varejo Leroy Merlin.
“Nosso portfólio de eficiência energética gera uma economia anual de 196 GWh, equivalente ao consumo da cidade de São Roque. Além disso, vemos muitas oportunidades de fornecer geração solar a clientes que hoje em dia mantêm contrato de eficiência energética conosco”, explica.
A empresa dará foco aos negócios junto aos segmentos de varejo, metais e mineração, logística, prédios comerciais e edifícios.
“Estamos também em uma fase de atualização de tecnologia em alguns projetos do nosso portfólio, nos quais renovaremos o parque instalado de iluminação de forma sustentável, buscando aproveitar ao máximo a infraestrutura existente para redução do material descartado”, explica.
Dentro do portfólio completo e integrado que a GreenYellow estabeleceu, com o objetivo de apoiar os clientes no processo de transição energética deles, a multinacional também dará enfoque ao longo de 2023 para sua atuação no Mercado Livre de Energia.
“Com a abertura programada do mercado livre para todos os consumidores em média tensão e por termos uma comercializadora varejista já habilitada, vemos muito potencial para atuação junto às empresas que poderão migrar e na atividade de gestão de contratos no mercado livre”, destaca.
No primeiro semestre de 2022, a GreenYellow anunciou sua entrada nos mercados de mobilidade elétrica e no de armazenamento de energia.
“No ano passado, fechamos um importante contrato com o Assaí Atacadista para o fornecimento de 90 eletropostos em 13 estados do Brasil. Para os próximos meses, projetamos a expansão para o modelo de cobrança de recarga junto ao motorista, pois avaliamos que a solução já está suficientemente madura para operar nesse tipo de modalidade. Com relação a armazenamento de energia, os planos são de trabalhar com sistemas isolados e off-grid, que são os que têm gerado maior demanda no mercado”, comenta.
O ano de 2022 foi chave para a GreenYellow, período no qual o controle acionário mudou de mãos – do Grupo Casino para a Ardian – e a companhia desbravou novos mercados, consolidando-se, ainda, nos segmentos de geração solar, eficiência energética e na oferta de serviços de energia.
“Prevemos investir em torno de R$500 milhões em novos projetos até o final de 2023”, diz. Para 2023, a empresa continuará investindo na sua consolidação como um importante player de infraestrutura, sendo responsável pelo investimento, desenvolvimento, implantação e operação dos seus projetos.
GreenYellow em números:
- 23% de crescimento e R$ 374 milhões de receita em 2022;
- Investimento de R$500 milhões previsto para 2023;
- Mais de 900 contratos de eficiência energética vigentes;
- 196 GWh de economia em eficiência energética, o equivalente a R$88 milhões, em 2022;
- 24MWp de potência instalada conectados em 2022, totalizando 110 MWp atuais em energia solar;
- Expectativa de conexão de mais de 60 MWp em projetos de GD este ano;
- 140 MWp em projetos já outorgados para começar a atuar em geração centralizada;
- R$129 milhões de investimento, levantados junto ao BNDES e ao Banco Santander, para financiamento de projetos de eficiência energética e usinas solares no Brasil, desde 2022.