O consumo de eletricidade no mercado livre de energia, ambiente onde fornecedores e consumidores negociam livremente preços, prazos e outras condições de contratação, cresceu 10,7% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2023, quando atingiu 26.959 MW médios – o maior patamar de consumo da história do mercado livre de energia brasileiro.
Esse volume seria suficiente para abastecer todas as residências e todos os comércios no país em uma hipotética situação em que todos esses tivessem o direito de escolher o fornecedor.
Atualmente, somente grandes empresas industriais e comerciais, com demanda superior a 500 kW, podem participar do mercado livre de energia, onde obtêm preços mais baixos e outros benefícios.
Os dados fazem parte da mais recente edição do Boletim da Energia Livre, publicação da Abraceel que mostra o panorama mensal atualizado do mercado livre de energia no Brasil com base nos indicadores mais recentes divulgados por diversas instituições e consultorias.
Em termos de unidades consumidoras, o mercado livre de energia cresceu 17% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, acumulando 4.609 novas unidades consumidoras no período.
Com isso, o ambiente de contratação livre passou a somar 32.142 unidades consumidoras, agrupadas em 11.265 consumidores. Cada unidade consumidora equivale a um medidor de energia.
Em fevereiro de 2023, o custo da energia, que é um dos componentes da tarifa elétrica, foi de R$ 278/MWh no mercado regulado e de R$ 100/MWh do mercado livre, uma diferença de 64%.