A Solfácil acaba de anunciar sua primeira captação de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) no valor de R$ 600 milhões, para viabilizar o financiamento de mais de 20.000 projetos de sistemas fotovoltaicos para pessoas físicas e jurídicas.
A operação é a maior já registrada no setor de energia solar distribuída no Brasil, foi emitida pela Kanastra Securitizadora e teve o Itaú BBA como coordenador líder.
A emissão da empresa, dividida em cinco classes de séries, foi classificada pela Fitch Ratings. A primeira série obteve a classificação de risco AA+, enquanto a segunda série foi classificada como AA.
O CRI obteve a classificação de título verde, comprovando seu objetivo de luta contra mudanças climáticas.
Com a captação de recursos via CRI, a Solfácil obtém um custo de capital mais atrativo, o que se traduz em taxas de juros mais baixas para os consumidores finais.
Isso torna o financiamento de painéis solares mais acessível para um número maior de pessoas, impulsionando a expansão da energia solar no país.
Os CRIs, ou Certificados de Recebíveis Imobiliários, são títulos que geram um direito de crédito ao investidor, por meio de instrumento de captação de recursos destinados a financiar transações do mercado imobiliário.
Para Guillaume Tiret, CFO e cofundador da Solfácil, a entrada da empresa no mercado de CRIs é um passo importante, pois viabiliza o acesso a um público maior de investidores, com foco em pessoas físicas e demonstra a confiança dos investidores no potencial da energia solar para acelerar a transição energética no país.
“A oferta dos CRIs verdes nos permite empoderar os brasileiros através de uma energia limpa, produzida por eles mesmos. Ajudamos também os milhares de integradores solares que dependem do ecossistema da Solfácil para fecharem mais vendas”, diz Tiret.
De acordo com Manuel Netto, cofundador da Kanastra, a operação com Solfácil é um exemplo de operação bem estruturada com uso de tecnologia.
“É uma parceria da qual temos muito orgulho, conseguimos montar uma esteira robusta e eficiente, totalmente integrada entre securitizadora e originador, operando em escala mas com todas as particularidades dos ativos da Solfácil. A integração permite uma análise detalhada de cada ativo e um monitoramento diário da carteira, que conta com mecanismos de desalavancagem e teve ótimo rating preliminar”, diz o executivo.
Com a emissão do CRI verde, a Solfácil já acumula mais de R$ 1,3 bilhão captado nos últimos nove meses. Em julho de 2023, a empresa captou R$ 418 milhões por meio de um Fundo de Investimentos em Direito Creditório (FIDC). Já em novembro, a Solfácil levantou R$ 250 milhões em linha de financiamento revolvente securitizada com o Goldman Sachs, que atingiu o total de R$ 1 bilhão.
A empresa projeta realizar novas captações de CRIs ao longo deste ano. Em 2022, a Solfácil ampliou o modelo de negócios para ser o maior ecossistema de soluções solares da América Latina e passou a oferecer a venda e distribuição de equipamentos fotovoltaicos, seguros, sistema de monitoramento de energia, além de um programa de benefícios para os parceiros integradores.
Em apenas cinco anos, a Solfácil já financiou R$ 3 bilhões em financiamentos para projetos de energia solar de 100 mil clientes finais.