A 49ª edição da revista Full Energy chega com uma capa especial do dossiê “Elas estão rasgando paradigmas – Novos caminhos rumo a uma matriz energética mais diversa”.
O especial traz importantes mulheres da Energia brasileira falando sobre suas vivências, oferecendo uma análise do setor e os próximos passos rumo à uma matriz energética mais diversa.
Em entrevista exclusiva, Elbia Gannoum, presidente-executiva da ABEEólica, afirma que políticas de contratação e iniciativas incentivadoras são chave para fortalecer as mulheres no setor.
“O mercado de trabalho precisa refletir a nossa realidade e, quando tivermos equipes mais diversas, o cenário será mais amplo e inclusivo. Sem contar que existem características que, comumente, apenas as mulheres possuem, como o diálogo e facilidade para resolver conflitos”, reflete.
Talita Porto, ex-vice-presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), acredita aumentar a visibilidade das mulheres incentiva outras profissionais a seguirem em frente. “É um ciclo: quanto mais mulheres conquistam cargos quanto mais mulheres conquistam cargos de liderança, mais mulheres conseguirão se inspirar e almejar cargos de tomada de decisão.”
Já Paula Dalbello, country manager da EDP Renováveis no Brasil, analisou o cenário da matriz energética e ressaltou como a síndrome do impostor paralisa muitas mulheres de atingirem seu verdadeiro potencial.
“Temos cada vez mais mulheres com voz ativa atuando em posições estratégicas dentro das empresas, fazendo a diferença e pavimentando o caminho para as futuras gerações. Estamos no caminho certo para a mudança.”
No dossiê, Heloísa Borges, diretora de Estudos do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ressaltou que é importante comparar os números relacionados à representatividade feminina nas empresas e o mundo real.
“A mudança é consolidada em números, mas nasce do que fomos ensinados a acreditar e do que vemos na prática. A realidade ainda mostra uma profunda disparidade de gênero. Temos empresas e instituições com poucas, ou nenhuma, mulher na liderança. Para mudar isso, é necessário ir além do discurso e sermos inclusivos na vida real.”
Em entrevista exclusiva, Fernanda Delgado, diretora-executiva do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e CEO da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (AIBHV), discute a falta de compreensão com as colaboradoras mulheres e formas de lidar com um ambiente predominantemente masculino.
“Para lidar com situações desconfortáveis é necessário encontrar a forma de trabalhar que vai te deixar mais confortável. Não podemos barrar nosso crescimento por limitações alheias.”
Encerrando o dossiê, Renata Isfer, co-fundadora do “Sim, Elas Existem” e presidente-executiva da Associação Brasileira de Biogás (ABiogás), debate a importância da igualdade do gênero e formas que o setor deve se adaptar.
“Não podemos esperar que as mulheres surjam pedindo por oportunidades e salários maiores, porque isso também precisa ser oferecido para elas. E não falo de trocar um homem por uma profissional desqualificada, e sim de olhar para as inúmeras mulheres competentes e prontas para atuar em determinada função.”
No especial Energia 10, o deputado federal Julio Lopes concedeu uma entrevista exclusiva sobre os benefícios da energia nuclear e seu impacto na matriz energética, trazendo comparações com países que já utilizam essa fonte.
“A França tem 70% da sua matriz focada no segmento nuclear e busca triplicar esse tipo de energia ao redor do mundo. Então não existe dúvidas de que é uma fonte viável e que compensa bastante. O que é caro não é a energia nuclear em si, mas a forma que essa questão é administrada no Brasil.”
A edição 49 da revista Full Energy também conta a cobertura completa do Welcome Energia, evento que abriu o calendário da matriz energética do país, artigos exclusivos, novidades sobre os próximos eventos do setor e estudos relevantes para a Energia brasileira.
