Investimento de R$ 5 bi da Natural Energia será apresentado em audiências públicas à população do Vale do Paraíba em julho
A Natural Energia investirá R$ 5 bilhões na construção de uma usina da transição energética, a UTE São Paulo, projeto que tem como objetivo garantir a segurança energética do País, especialmente na Região Sudeste e garantir a viabilidade da expansão das renováveis.
A UTE São Paulo terá capacidade instalada de até 1.750 MW e utilizará inicialmente gás natural em sua operação.
A geração de energia com fontes renováveis, em parques eólicos e solares, cresceu aceleradamente no País nos últimos anos.
Embora seja um movimento positivo, essa expansão de fontes renováveis intermitentes (dependentes de vento e sol) ampliou a necessidade de contratação de usinas como reserva de capacidade de forma que possam ser acionadas imediatamente quando houver desequilíbrio entre a geração de energia e a demanda.
A inserção desta tecnologia permitirá a criação de uma base de geração firme para o sistema elétrico brasileiro, ampliando assim a segurança energética do País.
Além disso, essa base reserva de geração também assegura a manutenção do plano de crescimento da oferta de energia eólica e solar, com as térmicas (como a de Caçapava) na função de garantia de suprimento da demanda sem riscos.
A UTE São Paulo deverá gerar 2 mil empregos diretos.
O empreendimento priorizará a contratação de mão de obra da região, o que abrirá importante oferta de trabalho para os moradores de Caçapava e cidades próximas.
Além de criar milhares de postos de trabalho, o projeto permitirá também a criação de diversas oportunidades para fornecedores de bens e serviços da Região do Vale do Paraíba.
Na fase operacional, milhares de empregos indiretos poderão ser criados com a vinda de novas empresas para o Estado, tais como data centers, hospitais, industrias, shopping centers entre outras.
A usina será instalada na região do distrito industrial de Caçapava, no interior de São Paulo, e está em fase de licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).
O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA-Rima), documento que detalha todo o projeto, foi desenvolvido ao longo dos últimos anos e será finalmente apresentado à população nos dias 2 e 4 de julho, em audiências públicas que serão realizadas nas cidades de Caçapava e São José dos Campos. Será a primeira vez que a Natural Energia terá a oportunidade de explicar em detalhes o porquê de o projeto ter viabilidade ambiental para ser instalado na região.
Recursos Hídricos
O projeto recebeu do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do Governo do Estado de São Paulo, a declaração de viabilidade para captação da usina.
Devido a nova tecnologia que permite o uso de refrigeração a ar, o volume de água necessário será menor que outras usinas e menor, inclusive, a muitas outras captações existentes na região.
“A UTE São Paulo será estratégica para ampliar a segurança energética do País, pois será acionada sob demanda em momentos de pico de consumo na região Sudeste, conforme determinar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Todos os estudos socioambientais realizados pela Natural Energia mostram que o projeto tem viabilidade econômica e ambiental, e ajudará o desenvolvimento sustentável da região como base importante do setor elétrico brasileiro”, afirma Luisângelo Costa, diretor Institucional da Natural Energia.
“Embora haja essa emissão de dióxido de carbono é importante destacar que esse volume é uma fração das emissões observadas com o desmatamento no Brasil, por exemplo, que atualmente chega a 2,4 bilhões de toneladas de CO2 por ano. Estamos falando de uma emissão de carbono muito inferior à de outros combustíveis, como carvão, gasolina e Diesel. A UTE SP não terá emissão de poeira ou outros gases relacionados com a poluição do ar nas cidades. Outro dado importante é que a emissão de gases de efeito estufa do conjunto do setor elétrico brasileiro no ano passado baixou, o que faz com que o setor tenha baixíssimo impacto em termos de emissões.”, comenta o diretor.
O projeto da UTE São Paulo prevê medidas mitigadoras dentro do Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar.
Essas ações incluem a instalação de uma estação de monitoramento da qualidade do ar na região, em localização ainda a ser definida de forma conjunta com o órgão ambiental.
A instalação da estação visa reforçar o monitoramento do ar na região, que atualmente não conta com uma estação desse tipo.
Além disso, no empreendimento está previsto o monitoramento contínuo na fonte de emissão, garantindo o atendimento aos limites estabelecidos nas resoluções ambientais vigentes.
Ficha técnica
Nome: Usina da Transição Energética São Paulo
Localização: Caçapava, São Paulo
Investimento: R$ 5 bilhões
Capacidade Instalada: 1743,8 MW
Combustível: gás natural (pode operar futuramente com biogás e hidrogênio)
Contratações: geração de mais de 2 mil vagas diretas e indiretas na construção e milhares durante a operação
Prazo de construção: 42 meses
Tecnologia: Turbinas a gás de última geração
Eficiência: 43% no caso de ciclo simples (geração apenas com turbina a gás) e 65% no caso de ciclo combinado (geração com turbina a gás e com turbina a vapor);
Etapa atual: Proposição do projeto para obtenção da licença prévia.
Depois da Licença: Após a obtenção da licença ambiental prévia, o projeto estará habilitado para participar do leilão de reserva que será realizado pela Aneel. Caso consiga ganhar o leilão, o projeto pedirá a licença de instalação e somente após a liberação desta, dará início às obras.