Petrobras: Prejuízo líquido chega a R$ 2,6 bilhões no 2° trimestre

Ainda de acordo com o relatório, a companhia registrou EBITDA ajustado de R$ 49,7 bilhões.

Segundo o Relatório de Desempenho Financeiro do 2º Trimestre de 2024 divulgado ontem da Petrobras, a Companhia registrou prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões. O resultado líquido da companhia no 2º trimestre de 2024 foi negativo devido a eventos exclusivos ocorridos no 2T24 que impactaram o resultado contábil, mas com efeito residual no caixa.

O principal item segundo divulgado foi a adesão da Petrobras, em junho de 2024, ao edital de contencioso tributário, que possibilitou o encerramento de relevantes disputas judiciais envolvendo afretamentos de embarcações ou plataformas e seus respectivos contratos de prestação de serviços.

O acordo trouxe previsibilidade para o dispêndio de recursos pela companhia e evitou custos financeiros com a manutenção de garantias judiciais e outras despesas processuais.

A variação cambial Real X Dólar também foi expressiva no último trimestre (O Real  desvalorizou 11,2% no 2T24, em comparação, por exemplo, à desvalorização de 3,2% no 1T24) e impactou o resultado contábil devido principalmente a obrigações em dólar entre empresas do Sistema Petrobras, mas sem afetar o caixa da companhia.

Com efeito positivo, houve reversão da perda por impairment da Araucária Nitrogenados S.A., no valor de R$ 201 milhões, refletindo a aprovação da reativação da fábrica de fertilizantes.

Ainda de acordo com o relatório, a Petrobras teve forte geração de caixa no segundo trimestre de 2024, registrando Fluxo de Caixa Operacional (FCO) de R$ 47,2 bilhões, superior ao observado no primeiro trimestre do ano.

O FCO é um indicador da capacidade da companhia de gerar recursos a partir de suas operações regulares e é um relevante índice para avaliação do desempenho de uma empresa.

No mesmo período, a dívida bruta da Petrobras apresentou queda de cerca de US$ 2,2 bilhões, o equivalente a 3,6%, em comparação ao trimestre anterior, atingindo US$ 59,6 bilhões.

A dívida financeira diminuiu cerca de US$ 1,4 bilhão, o equivalente a 5,1%, para US$ 26,3 bilhões, o menor nível desde 2008.

“Os resultados operacionais foram sólidos e ocorreram dentro do esperado. Eventos não recorrentes, como o acordo tributário com o Ministério da Fazenda, que trouxe vantagens expressivas para a empresa e para a União, e a marcante volatilidade cambial no período, sem efeito no caixa nem no patrimônio da companhia, impactaram a contabilidade interna da empresa, afetando também o resultado do trimestre”, destacou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

Ainda de acordo com Magda, a foi apresentado uma relevante geração de caixa, “que demonstra o quanto de valor podemos gerar com nossas operações”.

“Registramos nível de endividamento controlado, em um patamar alinhado ao previsto no nosso Plano Estratégico. Com bom fluxo de caixa e dívida baixa, estamos investindo na nossa produção de petróleo, gás e derivados, na reposição de reservas e na transição energética, de modo a garantir a sustentabilidade da Petrobras no longo prazo. Nossa maior prioridade é construir o caminho para que a Petrobras das próximas décadas continue sendo tão ou mais relevante quanto a Petrobras de hoje para o Brasil”, afirmou.

A companhia registrou EBITDA ajustado de R$ 49,7 bilhões. Esse indicador representa o lucro obtido antes do pagamento de juros, impostos e do cálculo de depreciações e amortizações.

O lucro sem eventos exclusivos do período foi de R$ 28 bilhões.

Investimentos

A Petrobras realizou investimentos significativos no 2º trimestre, totalizando US$ 3,4 bilhões, com foco principalmente em grandes projetos do pré-sal.

Nos primeiros seis meses do ano, os investimentos somaram US$ 6,4 bilhões, representando um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da Petrobras do 2T24 aumentou 4% em relação ao trimestre anterior, refletindo o aumento de 10% nas receitas de exportação de petróleo, beneficiadas pela valorização do Brent.

No 2º trimestre de 2024, a Petrobras pagou R$ 70 bilhões em tributos aos diversos entes federativos (União, estados e municípios), 24% a mais do que o 2T23.

Além disso, foram pagos R$ 14 bilhões em dividendos ao grupo de controle (União), totalizando expressivos R$ 84 bilhões de retorno direto a sociedade referentes somente ao segundo semestre.

Clique aqui e confira a íntegra do Relatório de Desempenho Financeiro do 2º Trimestre de 2024.

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