A AES Brasil lançou R$500 milhões em debêntures verdes, com prazo de 20 anos, para financiar dois desdobramentos no Complexo Eólico Tucano, no nordeste da Bahia. A operação, composta de duas emissões, voltadas ao desenvolvimento dos campos de Tucano II e Tucano III, colocaram, respectivamente, R$ 300 milhões e R$200 milhões, em setembro do ano passado
Nas duas séries, o vencimento será em 15 de setembro de 2041. Nas notas de Tucano II, a remuneração equivale à variação do IPCA mais 6,06% ao ano. Os pagamentos serão semestrais, a partir de julho de 2024, e a remuneração sobre os primeiros dois anos será capitalizada no mesmo ano.
Já na colocação de Tucano III, a remuneração é de 6,59% ao ano, com pagamentos, também semestrais e começando em julho de 2024. Da mesma forma que na série de Tucano II, a remuneração sobre os primeiros dois anos será capitalizada em 2024.
O prazo de maturação dos papéis, na comparação com o mercado, sinaliza com a percepção de segurança em relação ao desenvolvimento do Complexo de Tucano, bem como na gestão e saúde financeira da AES Brasil.
“O prazo de 20 anos, pouco comum no setor elétrico, é indicativo da confiança no complexo eólico de Tucano e na gestão da companhia, que segue na expansão de seu portfólio 100% renovável”, avalia Alessandro Gregori, CFO da AES Brasil.
“Debêntures verdes” é a denominação dada a títulos de dívida corporativa emitida para captar recursos e financiar projetos ativos que tenham impacto socioambiental positivo. No Brasil, a modalidade é muito usada em projetos de infraestrutura.
As debêntures verdes da emissão da AES Brasil são destinadas exclusivamente ao desenvolvimento do Complexo de Tucano. Com 27 aerogeradores, Tucano II terá capacidade de 167,4 MW e 73,7 MWm de energia assegurada.
O empreendimento abrangerá os municípios de Tucano, Araci e Biritinga. Por sua vez, Tucano 3, com 25 aerogeradores, entregará capacidade de 155 MW e energia assegurada de 70,4 MWhm. O campo é limitado ao município de Tucano.