A Atlas Renewable Energy, empresa que atua na geração de energia renovável na Iberoamérica, obteve o financiamento do complexo fotovoltaico Luiz Carlos.
A companhia captou R$1,5 bilhão, dos quais R$ 750 milhões foram em debêntures incentivadas (lei 12.431/2011), que contou com certificação de “Debêntures Verdes” da Sustainable Fitch, e R$720 milhões em notas comerciais, ambas operações coordenadas e assessoradas pelo Itaú BBA na modalidade project finance.
A debênture destaca-se por ser a primeira emissão de debêntures incentivadas nos termos das novas regras de enquadramento como projeto prioritário, previstas no novo Decreto nº 11.964, normativo editado em março de 2024.
O financiamento é mais uma conquista da Atlas, que possui um histórico de sucesso na obtenção de recursos para o desenvolvimento de plantas solares.
Os valores serão investidos na implantação e operação das estruturas das centrais de geração fotovoltaica do parque solar.
O complexo fotovoltaico Luiz Carlos, localizado em Paracatu (MG), terá capacidade instalada de 787 MWp, com uma geração de 1.594 GWh ao ano, o equivalente ao fornecimento de energia para mais de 870 mil residências brasileiras e evitando a emissão de mais de 64 mil toneladas de CO2 por ano, deve começar a operar no final de 2025.
Essa região já conta com outros projetos solares da Atlas em operação e tem forte atuação da companhia em projetos sociais e ambientais, além da ênfase à contratação de mão de obra local.
O projeto já possui um PPA com a Votorantim Cimentos para o fornecimento de 100 MW médios de energia solar por 15 anos, contribuindo para o abastecimento das unidades produtivas da empresa localizados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, e quase dois terços (470 MWp) serão destinados à empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis.
A geração restante do parque também será contratada por outras empresas que buscam maior competitividade e atingir metas de sustentabilidade a partir de fontes de energia limpa.
“O financiamento desse projeto endossa a nossa expertise e inovação no setor de energia renovável e é mais um avanço para a Atlas para impulsionar a transição energética das empresas. Sempre buscamos oferecer as melhores soluções para nossos clientes e ampliamos a oferta em energia elétrica com o complexo fotovoltaico Luiz Carlos, com uma descarbonização segura e confiável”, explica Fábio Bortoluzo, diretor da Atlas no Brasil.
“Estamos empenhados em ser o banco da transição climática com e para os nossos clientes, e o financiamento do complexo fotovoltaico Luiz Carlos é um exemplo de como temos trabalhado essa agenda. Nosso objetivo é atuar como facilitador, buscando catalisar transformações e servir como um verdadeiro hub de originação de negócios, incentivando o uso de fontes renováveis e de baixo impacto ambiental”, afirma Marcelo Girão, head de Project Finance do Itaú BBA.
A operação contou com certificação de debêntures verdes ou green bonds, com a chancela da Sustainable Fitch.
Os ratings da agência de classificação de riscos avaliam o desempenho Ambiental, Social e de Governança (ESG) de todas as classes de ativos no âmbito de entidades, frameworks e instrumentos de dívida, ajudando a comunidade financeira focada em boas práticas de ESG a tomar decisões melhores e mais conscientes.
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LUIZ CARLOS
O complexo fotovoltaico Luiz Carlos ficará localizado em Paracatu, Minas Gerais, município que já abriga outros projetos solares da Atlas, o que permitirá a continuidade dos investimentos da companhia no desenvolvimento da região, em termos ambientais e sociais, com ênfase à contratação de mão de obra local.
Com o início da construção, a Atlas dará continuidade à promoção de programas robustos de ESG que objetivam o desenvolvimento sustentável na região de Paracatu, como é o caso do Somos Parte da Mesma Energia, que já capacitou, ao longo da construção do projeto Boa Sorte, também sediado no município, mais de 300 mulheres do entorno para atuação na construção de plantas solares.
A companhia também colocará em prática seu premiado programa Ed-Mundo, que capacita jovens estudantes de comunidades vulneráveis em programação, TI, robótica e empreendedorismo.
O programa permite que os estudantes se tornem protagonistas da transformação social, gerando oportunidades de trabalho e outras fontes de renda para suas comunidades e famílias.