BNDES e BEI concluem nova linha de 300 milhões de euros e discutem investimentos em hidrogênio verde

Parceria com Banco Europeu de Investimento também envolve a criação de grupo formado por bancos de desenvolvimento para atuação em extremos climáticos

Uma nova linha de crédito, no valor de 300 milhões de euros (aproximadamente R$ 1.77 bilhão), criada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), está praticamente concluída.

Foi o que informou o presidente da instituição brasileira, Aloizio Mercadante, após reunião com o chefe do escritório do BEI, João Fonseca Santos.

Os recursos terão como finalidade o investimento em projetos de abastecimento de água e saneamento no Brasil.

Na reunião, que ocorreu em Lisboa, Portugal, as duas instituições iniciaram tratativas para investimentos em hidrogênio verde.

“O BNDES tem vários projetos sendo analisados nessa área que é de grande interesse da União Europeia”, explicou Mercadante.

No encontro, BEI e BNDES também avançaram nas discussões para o banco europeu participar do fundo de minerais críticos, lançado neste ano pela instituição brasileira, em parceria com a Vale.

Além do chefe do escritório do BEI, a reunião contou com a presença de Joana Sarmento, executiva da Comissão Europeia.

Extremos climáticos

Medidas para ações de emergência, que atuem em apoio imediato, logo após a ocorrência de eventos climáticos e, também, de reconstrução, mitigação e prevenção foram objeto de discussão na reunião em Lisboa.

A proposta de Mercadante é que os bancos de desenvolvimento criem uma comissão para discutir como poderão atuar nessas situações.

“Os desastres climáticos estão sendo cada vez mais intensos e frequentes. Já estamos conversando com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, vamos convidar o Banco Mundial e outras instituições porque é preciso enfrentar as emergências e os desafios da reconstrução, da mitigação e da prevenção”, explicou o presidente do BNDES.

 

Leia mais:

“Hidrogênio sustentável e biometano nas redes de gás canalizado”, por Giovane Rosa, CEO da Gás Orgânico

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