No ano em que completa 43 anos de existência, a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) recebe o prêmio Líderes da Energia na categoria Indústria.
Isso se dá por sua trajetória em ascensão, forte trabalho comercial com resultado eficiente em investimentos, parcerias e grandes contratos assinados para o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro e outros projetos estratégicos para o Brasil.
Recentemente, Carlos Henrique Silva Seixas, presidente da Nuclep nomeado pela presidente Dilma Roussef em 2016, firmou uma parceria com a Holtec, empresa norte-americana especializada no projeto e fabricação de peças para reatores nucleares.
“Esse acordo busca unir projetos da Holtec com a capacidade e expertise da Nuclep na construção de equipamentos nucleares no Brasil, afinal somos a única empresa nacional capacitada à fabricação e manutenção dos equipamentos nucleares mais estratégicos”, relata Seixas.
A assinatura é mais uma conquista da Nuclep para o setor Nuclear. “Já assinamos contrato com a Eletronuclear para a fabricação do primeiro lote de trocadores de calor para a Usina de Angra 3 e o melhor é que temos mais dois pacotes pelos quais lutaremos para assinar até o fim de 2023. Estes darão mais escopo e volume ao nosso orçamento, podendo chegar a cerca de R$ 600 milhões”, celebrou Seixas.
Criados para atender o Programa Nuclear Brasileiro e com a volta da obra de Angra 3, há em 2023, uma excelente expectativa comercial aliada a um fortalecimento e projeção ainda maior para a Nuclep.
Nos últimos doze meses, a Nuclep avançou no projeto de construção do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear no Brasil (SCPN).
O projeto é parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos para a Marinha do Brasil (ProSub), estratégico e subordinado à Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da MB (DGDNTM).
Dessa forma, a Nuclep concluiu para a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A (Amazul), a Seção 40 onde ficará o vaso do reator do protótipo do SCPN.
O protótipo em tamanho real do submarino está sendo desenvolvido pelo Centro Tecnológico da MB, em Aramar, São Paulo. Somando forças com a Itaguaí Construções Navais (ICN), a Nuclep será responsável pela Seção de Qualificação do SCPN.
Segundo Seixas, o desenvolvimento do submarino é completamente nacional. A expectativa é que a construção do veículo traga fortes contribuições para a frota naval do Brasil, além de tornar o país uma das poucas nações detentoras dessa tecnologia.
“O desenvolvimento desse empreendimento trará um grande salto para o país, com um grande legado de aprendizado e desenvolvimento de capital humano. Do casco resistente ao vaso do reator, a Nuclep é a única empresa capacitada a realizar essa construção histórica. São informações classificadas que não podem ser compartilhados”, explica.
Ao longo do último ano, a empresa também carimbou sua permanência como player no segmento de produção de estruturas metálicas para Torres de Transmissão de Energia, atendendo com sucesso o déficit nacional.
O período também foi marcado pela troca de gestão governamental, mas a relação entre a Nuclep e o Ministério de Minas e Energia é promissora, uma vez que o Ministro Alexandre Silveira defendeu a importância estratégica da Nuclep para o Brasil.
Recentemente, o presidente Lula, visitou o Complexo Naval de Itaguaí e enalteceu o trabalho de todas as empresas envolvidas no ProSub, programa viabilizado por ele como presidente em 2008.