Embora a digitalização seja vista como a solução para os desafios do setor de energia, o avanço tecnológico por si só não é suficiente para garantir a eficiência e a segurança da rede elétrica do país.
Para que a equação da transição energética feche, um dos fatores-chave é o controle constante e a manutenção dos sistemas, em uma atuação preditiva e preventiva que pode gerar até 5% a mais de energia com a mesma infraestrutura.
Nesse contexto, o suporte e a manutenção do Power Plant Controller (PPC) assumem papel estratégico, pois garantem que as usinas estejam sempre exportando a máxima energia disponível, dentro dos limites estabelecidos pelos operadores.
Essa necessidade se torna ainda mais evidente ao se considerar que a negligência na manutenção de sistemas e equipamentos é uma das principais causas de problemas operacionais.
Ela resulta em falhas críticas, interrupções no fornecimento de energia, perdas financeiras e riscos de segurança.
A falta de atenção a componentes básicos de infraestrutura, como transformadores, disjuntores e geradores, eleva o custo de operação e compromete a confiabilidade do serviço para consumidores e indústrias.
Para Thiago Almeida, Head PV Products, da Automa Power, empresa brasileira referência em softwares para sistemas de energia, a manutenção tem que ser considerada como essencial na estratégia de eficiência.
“Uma manutenção bem-feita e apoiada por dados garante máximo desempenho, geração de energia sempre otimizada, segurança e disponibilidade para a usina, ajustes de parâmetros de controle e monitoramento contínuo por uma equipe especializada em prevenção de falhas que age rapidamente em qualquer incidente. No caso do PPC, somamos ainda mais segurança e confiabilidade ao integrar rotinas de monitoramento contínuo, atualização de softwares, simulações de restauração e requisitos de cibersegurança, que asseguram a disponibilidade.”
Nas plantas fotovoltaicas, o PPC é responsável por manter a geração otimizada e segura.
Para isso, a Automa oferece suporte contínuo, com equipe especializada capaz de prevenir falhas, atualizar limites e agir de forma ágil em situações de alta ou baixa criticidade.
Neste cenário, a tecnologia de monitoramento digital surge como a ferramenta fundamental para modernizar a manutenção.
Softwares e sensores em tempo real transformam a abordagem reativa (de consertar somente após a falha) em uma estratégia preditiva.
Todo esse acompanhamento permite que a usina opere sempre dentro dos limites contratuais e extraia o máximo de energia disponível, mesmo em cenários de ajustes de parâmetros de controle por curtailment ou condições sistêmicas.
“A digitalização nos dá uma visão completa sobre o estado de nossos sistemas, mas de nada adianta ter todos os dados possíveis se não houver um plano de manutenção coerente para agir sobre eles”, afirma Thiago.
“A eficiência energética real só é alcançada quando a inteligência da tecnologia se une à dedicação da manutenção. É a soma dos dois que garante um serviço mais seguro e confiável”, finaliza.