A ENGIE e o Estado do Ceará assinaram um Memorando de Entendimentos (MoU) para desenvolver um projeto de hidrogênio verde de grande escala no porto de Pecém.
O foco principal do projeto é exportação do hidrogênio verde, no entanto, também está sendo avaliado seu uso em mobilidade pesada, na indústria do aço, produção de químicos e mistura para as redes de transporte de gases, o que permitiria transformar o projeto em um hub de hidrogênio verde. Além de incentivar o início de uma economia nacional do hidrogênio verde, o projeto permitirá ativar a descarbonização desses segmentos.
A primeira etapa tem como objetivo produzir entre 100 e 150 MW em um prazo de até cinco anos e em seguida desenvolver outras fases até chegar à uma escala maior, acompanhando a expansão dos mercados locais e internacionais. Neste contexto, a ENGIE está aberta a colaborar com vários stakeholders, de forma a permitir que esta ação seja acelerada.
“Na visão da ENGIE, o hidrogênio é um vetor estratégico para a descarbonização, pois permite uma melhor integração das energias renováveis, além de ajudar a reduzir as emissões em setores difíceis de atingirem suas metas. Temos know-how para oferecer as soluções mais eficientes de hidrogênio verde, em escala industrial, no país, contribuindo para redução de emissões de gases do efeito estufa e colaborando com a transição para um mundo neutro em carbono, que é o propósito da empresa”, afirma Raphael Barreau.
“Estamos muito felizes em receber uma das maiores empresas da área de energia do mundo e ressalto que estamos prontos para juntos construirmos esse projeto a várias mãos”, afirmou o governador Camilo Santana, complementando sobre as vantagens competitivas que fazem do Ceará o ambiente favorável para a produção de hidrogênio, sem emissão de carbono.
“Nossa localização geográfica estratégica, nosso potencial de geração de energias renováveis, por conta do nosso litoral e do sol o ano inteiro, fazem com que o Ceará parta na frente na produção e exportação do combustível do futuro”, ressaltou.
O MoU teve a assinatura do Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado Ceará (SEDET), Maia Junior, e da secretária executiva do SEDET, Roseane Medeiros. Pela ENGIE, além de Raphael Borreau, o memorando teve o registro do Diretor de Comunicação e Responsabilidade Social da ENGIE, Gil Maranhão Neto, e do Representante Regional da ENGIE Green Hydrogen para a América Latina, Koen Langie.
Aposta no hidrogênio verde
O Hidrogênio Verde é apontado como uma das grandes apostas na transição energética para um mundo neutro em carbono. Ele é obtido por meio do processo de eletrólise, a partir de fontes renováveis, e pode substituir o uso de combustíveis fósseis em indústrias intensivas em carbono.
A meta global da ENGIE é criar uma posição forte em hidrogênio verde. Até 2030, a empresa projeta desenvolver capacidade instalada de fabricação de hidrogênio verde de 4 GW no mundo e o Brasil é uma região-chave para o alcance desta meta considerando a presença do grupo no país e a abundância de energia renovável.
Para fomentar parcerias e estudos nessa área, a ENGIE ingressou recentemente na Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2), tornando-se a primeira empresa do setor de energia a se filiar à entidade. No mundo, o Grupo já possui 70 projetos de hidrogênio verde industrial em funcionamento (com 20 projetos > 50MW) em 10 países.