Os últimos doze meses ficarão marcados na história da Nuclebrás Equipamentos Pesados (NUCLEP), pois a empresa conquistou seu maior faturamento até o momento, superando a marca de R$ 70 milhões. Na visão de Carlos Henrique Silva Seixas, presidente da instituição, o feito é simbólico, mas esse número ainda é pequeno perto do potencial que pode ser atingido.
“Essa foi uma conquista gradativa e viemos ano a ano melhorando nossos resultados até alcançarmos essa marca. É um passo importante para que possamos diminuir a dependência que temos com o Tesouro Nacional e mostra muito do caminho que estamos trilhando para o futuro da NUCLEP”, pontua.
Além disso, a empresa consolidou sua atuação em todos os segmentos a que se propõe: Defesa Nuclear, Óleo e Gás; e Energia, oferecendo uma atuação diversificada e ampliando seus horizontes. “A NUCLEP foi criada, basicamente, para a construção de usinas nucleares, mas temos muitos projetos paralisados. Como não temos sequência nas obras das usinas, surge um problema administrativo e operacional que é superado ao atuar em novos segmentos.”
E completa: “No setor de energia, por exemplo, lidamos com a construção de torres de transmissão; em óleo e gás, podemos fabricar estaca torpedo, vasos de pressão, blocos semissubmersíveis, módulos e plataformas, tanques, entre outros. É um universo de possibilidades.”
Dentre os projetos que se destacaram no último ano, Seixas cita a fabricação de estacas torpedo para a Petrobras; a construção de equipamentos estratégicos para Angra 3; e o projeto do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear.
“O Submarino representa um avanço tecnológico fantástico para nosso país e ter a NUCLEP contribuindo ativamente para isso é extremamente satisfatório. São através de nossos grandes projetos, como os módulos de plataformas da Petrobras, que geramos uma quantidade significativa de empregos e contribuímos ainda mais com a economia nacional.”
Atualmente, a NUCLEP também atua na fabricação de torres de energia para o setor elétrico tradicional, mas busca entrar no mercado de eólica offshore em breve. “Somos motivados por desafios em todos os projetos e acreditamos que temos muito a contribuir nesse segmento.”
Um dos planos para a NUCLEP ao longo desse ano é se tornar uma empresa de grande porte, conquista celebrada quando a instituição atingir o faturamento de R$ 90 milhões. Na visão de Seixas, é extremamente provável que isso aconteça, mas busca mirar ainda mais alto.
“Nossa expectativa era alcançar esse nível ainda em 2023, mas existiram atrasos em projetos e o resultado ficou abaixo do marco ideal. Para esse ano, temos R$ 150 milhões como faturamento previsto em carteira, então teremos mais possibilidades de conquistar a quantia desejada.”
Para 2025, as perspectivas de Seixas envolvem o aumento da demanda na área de energia, com novos leilões e a construção de torres de transmissão, e a conclusão de Angra 3. “Essa usina será fundamental para que o setor se desenvolva e o crescimento do setor aumente ainda mais. Estamos com altas expectativas para que isso aconteça o mais breve possível.”
Ao ter a NUCLEP reconhecida no prêmio Líderes da Energia, o presidente da instituição demonstra sentir a responsabilidade e a necessidade de continuar investindo em melhorias. “Sabemos das nossas qualidades, dos funcionários altamente qualificados, da mão de obra especializada e da variedade de segmentos em que atuamos. Precisamos investir ainda mais em nossas forças e melhorar os pontos que necessitam de aprimoramento.”