A ISA CTEEP acaba de entregar mais um projeto inédito no Brasil: a primeira subestação 4.0 do sistema de transmissão brasileiro, instalada na Subestação Jaguariúna, ativo já existente e localizado no interior de São Paulo.
A iniciativa é resultado de projeto de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e contou com investimento superior a R$ 11 milhões.
“Com a subestação 4.0, podemos propor avanços na regulação da Rede Básica, de forma a incorporar os avanços tecnológicos estudados em P&D, além de podermos avaliar a integração desse modelo em futuros novos projetos”, explica Silvia Wada, diretora-executiva de estratégia e desenvolvimento de negócios da ISA CTEEP.
Com a implantação desse projeto, a subestação passa a dispor de um sistema de proteção, controle, automação, monitoramento, comunicação e gerenciamento de ativos de toda a subestação, totalmente digital e centralizado, por meio de uma plataforma de computação e comunicação de alto desempenho, que utiliza cabos de fibra ótica, internet das coisas (IoT) e redes Wi-Fi.
“Essa integração possibilita acesso a um maior número de informações sobre os ativos, o que torna a subestação mais inteligente e flexível. Por meio dos sensores, os técnicos conseguem atuar preventivamente, à distância, analisar tendências e tomar decisões que evitam a falha, o que reduz os riscos de interrupção no fornecimento. O avanço para a subestação 4.0 figura entre as novas tecnologias que são desenvolvidas para elevar a segurança e a confiabilidade no fornecimento de energia, diante das transformações vigentes no setor elétrico, para integrar as fontes renováveis, elevar a resiliência da rede e aprimorar o atendimento à sociedade”, explica Gabriela Desirê, diretora-executiva de operações da ISA CTEEP.
Com a utilização da tecnologia 4.0 na Subestação Jaguariúna foi possível a implantação de sensor de monitoramento de óleo do transformador e de baterias, que apoiará as tomadas de decisão das equipes de manutenção, contribuindo com uma melhor gestão de ativos.
A subestação 4.0, desenvolvida em parceria com a Hitachi Energy e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), é um importante laboratório para as subestações do futuro, com potencial de permitir avanços na regulação junto ao operador do sistema. Também é um catalisador para a digitalização das instalações do setor.
Mais sustentabilidade e economia
Com a subestação 4.0, os custos de instalação também são menores, porque os equipamentos secundários são concentrados no mesmo hardware.
Com isso, é possível utilizar menos equipamentos em relação a uma subestação digital, ao mesmo tempo em que conta com maior capacidade de processamento, o que permite reduzir em até 50% o uso de espaço físico e gerar menos resíduos como a troca do cabeamento de cobre por fibra ótica, por exemplo.
“A consequente diminuição da quantidade de dispositivos físicos ainda reduz os esforços de gestão e manutenção, o que torna o sistema como um todo mais robusto e confiável. Além disso, os técnicos podem não apenas se antecipar a uma possível falha nos ativos, como também conseguem criar simulações e cenários que contribuirão para tomadas de decisão mais acertadas”, complementa Gabriela.