MPower Brasil mapeia o perfil das mulheres do setor de energia

A MPower Brasil, iniciativa criada para apoiar o crescimento e desenvolvimento profissional de mulheres no setor energético, acaba de lançar a pesquisa nacional Mulheres em Energia para traçar o perfil das mulheres no setor de energia brasileiro.

O questionário, que é a primeira atividade do eixo Pesquisa & Dados da iniciativa e pode ser respondido online, busca identificar onde essas profissionais atuam, quais desafios enfrentam e quais oportunidades enxergam para assumirem mais espaços de liderança.

Eduarda Zoghbi, especialista em clima e energia, idealizadora e fundadora da MPower Brasil, revela que a pesquisa nacional tem como objetivo construir um setor de energia mais diverso, inovador e sustentável.

“Gerar inteligência de dados é o primeiro passo para direcionarmos programas de capacitação, políticas de diversidade e ações de retenção de talentos femininos no setor”, afirma.

De acordo com a publicação “Equidade de Gênero no Setor Energético Brasileiro 2025 – Desafios e Boas Práticas”, “os desafios de gênero no setor energético são uma realidade em todo o mundo e refletem uma série de questões estruturais, culturais e organizacionais que afetam a participação, representação e progressão das mulheres neste setor.

O relatório “World Energy Employment 2023” aponta que mulheres representam hoje 15% da força de trabalho em energia no mundo, bem abaixo da média global da economia que é de 40% de mulheres.

No Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), apenas cerca de 20% dos cargos no setor elétrico são ocupados por mulheres, proporção que cai ainda mais em posições de liderança.

O levantamento da MPower Brasil visa aprofundar esse diagnóstico, oferecendo subsídios para empresas, instituições e formuladores de políticas públicas.

Como participar

O questionário leva menos de 10 minutos e está aberto a todas as mulheres que trabalham ou desejam trabalhar em qualquer segmento do setor – de energias renováveis a óleo & gás, passando por regulação, pesquisa, ensino e consultoria.

As respostas são confidenciais.

A expectativa é de que os resultados consolidados sirvam de insumo para um programa de lideranças, que será lançado no segundo semestre deste ano, além de fomentar discussões e informar decisões em prol de uma transição energética mais justa e inclusiva.

A pesquisa está disponível para ser respondida pelo link até 31/05.

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