Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) apontam o crescimento de 84% na geração de energia fotovoltaica no Brasil entre janeiro de 2021 e o mesmo período deste ano. Ou seja, a potência instalada passou de 13 GW para 23,9 GW em janeiro de 2023, o que configura um recorde brasileiro no setor.
O relatório mais recente da Associação, lançado no início deste mês, aponta que a energia solar se tornou a segunda maior fonte da matriz energética brasileira, representando 11,2% de toda a eletricidade produzida no país, atrás somente da hídrica (51,3%).
Guilherme Nagamine, diretor da L8 Energy, destaca que os dados demonstram o que o mercado já vinha sentindo ao longo do ano passado. “Muitos consumidores estão em busca de gerar sua própria energia, de modo mais sustentável. Além disso, a escassez hídrica registrada nos últimos anos e os constantes aumentos das concessionárias fizeram com que as famílias e as empresas priorizassem a instalação de sistemas solares para reduzirem os custos com eletricidade.”
Ainda de acordo com o diretor, o incentivo fiscal previsto no Marco Legal da Geração Distribuída, que previa isenção tributária até 2045 para todos os sistemas homologados até o início deste mês, impulsionou o setor. “Na L8 Energy, o aumento da demanda levou ao crescimento de mais de 50% nas vendas em 2022.”
Ele ainda destaca que, mesmo com dificuldades com fornecedores de incertezas políticas, em ano de eleição, foi possível recuperar o faturamento pré-pandemia. “O Mercado Livre de Energia também tem incentivado os investidores a construírem usinas de até 5MW.”
Os dados apresentados pela ABSOLAR mostram que, nos últimos dez anos, a fonte solar atraiu mais de R$ 120,8 bilhões em investimentos ao Brasil, resultando na geração de mais de 705 mil empregos e cerca de R$ 38 bilhões em arrecadação. Neste período, os sistemas fotovoltaicos evitaram a emissão de 33,3 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, na geração de energia.
