Executivos da indústria de Energia, Serviços de Utilidade Pública e Recursos Naturais (EU&R) acompanham a tendência mundial de otimismo em relação à economia global e apostam na aceleração econômica em 2022.
Os dados estão na 25ª edição da Pesquisa Anual Global com CEOs da PwC (25th Annual Global CEO Survey), que ouviu mais de 4.400 executivos, em 89 países, com uma participação expressiva de líderes do Brasil.
Para 80% dos executivos ouvidos haverá uma aceleração da economia global em 2022, o percentual supera a média global que indicou um otimismo de 77% dos CEOs em relação à perspectiva econômica global. Para 9% dos líderes da do setor de EU&R este será um ano de estabilidade econômica, outros 11% acreditam em desaceleração.
A expectativa dos líderes de companhias de EU&R também é positiva em relação ao crescimento de suas empresas nos próximos 12 meses, 53% dizem estar muito confiantes neste crescimento, acompanhando a média global de 56%. Este otimismo supera os dados da pesquisa de 2021, quando apenas 35% do setor acreditava em aumento de receitas das suas empresas.
“Há uma expectativa de avanço da economia global no pós-pandemia. Isso faz com que a probabilidade de crescimento da indústria seja mais alta”, explica o sócio da PwC, Ronaldo Valiño.
Considerando os próximos três anos, a confiança da indústria segue com 57% de otimismo, enquanto 64% dos líderes no índice global acreditam na perspectiva de aumento das receitas das companhias.
A pesquisa revela que os países que recebem mais investimentos no setor de EU&R são Estados Unidos, China e Alemanha, também acompanhando a tendência global de investimento nestes países.
Preocupação Climática
A pesquisa também revela que as mudanças climáticas estão entre as maiores preocupações dos CEOs do setor, em nível superior ao cenário global. 48% dos entrevistados consideram que o clima pode afetar negativamente as empresas no próximo ano, enquanto esta é uma preocupação de 33% dos executivos no índice global. Essa preocupação maior do que a média global também é demonstrada por 29% que assumiram compromissos de neutralidade de carbono em relação a 22% no mundo.
Sobre os impactos, os líderes do setor citaram principalmente que as mudanças climáticas podem afetar a venda e o desenvolvimento de produtos e serviços (56% e 45%), a obtenção de capital (41%), atração de talentos (28%) e a inovação (25%).
A pandemia também fez ligar o sinal de alerta dos executivos em relação à saúde, já que 44% disseram que esse é o segundo fator mais negativo para a sua empresa. Dentre as cinco principais ameaças estão ainda riscos cibernéticos (44%), instabilidade macroeconômica (43%), conflitos geopolíticos (34%) e desigualdade social (19%).
Negócios importam mais
Questionados sobre quais aspectos definem as estratégias corporativas a longo prazo e os bônus anuais, tanto executivos do setor quanto na avaliação global, as métricas de satisfação do cliente, de engajamento dos empregados e de automação e digitalização se destacaram em relação aos indicadores sociais e ambientais, como representação de gênero e raça, e metas de emissões de gases do efeito estufa.