Reconhecida por sua diversidade e pela contribuição significativa ao meio ambiente, a matriz energética brasileira é, de acordo com Carlos Henrique Silva Seixas, presidente da Nuclebrás Equipamentos Pesados (NUCLEP), um exemplo mundial nesse aspecto.
“Nossa matriz energética é um exemplo para todos os países. Nós temos energia eólica, solar, nuclear, hidrelétrica, entre outras. Há espaço para todos”, afirma.
No seu espaço, a NUCLEP, companhia de caldeiraria pesada especializada na produção de equipamentos nucleares, tem desempenhado um papel crucial na construção de usinas nucleares.
Neste momento, por exemplo, a empresa está focada na construção dos equipamentos para a Usina de Angra 3.
Porém, seu desempenho é bem mais abrangente.
No último ano, sob a gestão de Seixas, a NUCLEP consolidou sua atuação em diversos segmentos: defesa nuclear, óleo e gás, e energia.
“A NUCLEP foi criada, basicamente, para a construção de usinas nucleares, mas temos muitos projetos paralisados. Para superar esses desafios administrativos e operacionais, atuamos em novos segmentos. É um universo de possibilidades”, explica.
No setor de energia, por exemplo, a NUCLEP está envolvida na construção de torres de transmissão e pretende, em breve, entrar no mercado de eólica offshore também.
No setor de óleo e gás, a empresa fabrica estacas torpedo, vasos de pressão, blocos semissubmersíveis, módulos e plataformas, tanques, entre outros.
Entre os projetos de destaque no último ano, estão a fabricação de estacas torpedo para a Petrobras, a construção de equipamentos estratégicos para Angra 3 e o projeto do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear.
Para Seixas, o Submarino representa um avanço tecnológico expressivo para nosso país, e ter a NUCLEP contribuindo ativamente é extremamente satisfatório, já que esses grandes projetos geram empregos significativos e contribuem para a economia nacional.
O trabalho árduo – e diversificado – tem trazido bons resultados.
Os últimos doze meses marcaram um período de grandes conquistas para a NUCLEP, que atingiu seu maior faturamento até o momento, superando a marca de R$ 70 milhões.
Segundo Seixas, esse resultado é simbólico, mas ainda pequeno comparado ao potencial que pode ser alcançado.
“Foi uma conquista gradativa. Ano após ano, melhoramos nossos resultados até alcançarmos essa marca. É um passo importante para diminuir nossa dependência do Tesouro Nacional e mostra o caminho que estamos trilhando para o futuro da NUCLEP”, destaca.
Outra conquista recente foi o reconhecimento da NUCLEP no prêmio Líderes da Energia, promovido pelo Grupo Mídia.
A iniciativa homenageia as indústrias da matriz energética que mais se sobressaíram nos doze meses anteriores à premiação.
“Esses reconhecimentos e eventos promovidos pelo Grupo Mídia são uma oportunidade para as companhias se encontrarem, fazerem networking e estreitarem laços. Eles demonstram que a matriz energética tem espaço para todos, com diversos segmentos sendo premiados, o que destaca a importância da nossa diversidade energética”, comenta.
Como uma conquista impulsiona outra, um dos objetivos da NUCLEP, ainda ao longo deste ano, é se tornar uma empresa de grande porte, um marco que será atingido quando o faturamento chegar a R$ 90 milhões.
Seixas acredita que isso é extremamente possível, já que tem a previsão de faturamento de R$ 150 milhões em carteira para este ano.
Para 2025, Seixas prevê um aumento na demanda na área de energia, com novos leilões e a construção de torres de transmissão, além da conclusão de Angra 3, que será um marco fundamental para o desenvolvimento do setor.
Essa matéria foi publicada na 51ª edição da revista Full Energy. Clique aqui para ler a revista na íntegra.