A geração de energia solar, que atualmente representa 2,6% da matriz energética do país, assumiu a liderança nos projetos apresentados para o “Leilão A-4”, que será realizado no dia 27 de maio e visa expandir o parque nacional.
O leilão é voltado para grandes projetos, que devem entrar em operação daqui a quatro anos. Dentre os 1.894 projetos, 1.263 são de usinas solares fotovoltaicas, cadastrados junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Em termos de potência de energia, a matriz solar segue na liderança com 70% da potência cadastrada para o leilão. Juntos, os projetos preveem uma geração de 75.250 MW, sendo que destes, 52 mil MW provém da geração fotovoltaica.
Historicamente, cerca de 80% dos projetos cadastrados cumprem todos os requisitos técnicos para participar do leilão, o que indica a iminente expansão da energia solar no Brasil.
“O desenvolvimento de produtos nacionais e o barateamento das tecnologias ajudaram a fomentar o mercado solar no Brasil. Além disso, o país tem uma excelente incidência de insolação, com grande potencial de crescimento”, ressalta Javier Reclusa, CEO da STI Norland, empresa atuante nafabricação e instalação de trackers utilizados nas usinas de energia solar.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), atualmente a energia solar ocupa a quarta posição na matriz elétrica, com participação de 2,6% no Sistema Interligado Nacional (SIN).
Até dezembro de 2026, a meta é alcançar uma fatia de 4,9%, ou seja, um aumento de 88%.
Nos últimos três anos, o crescimento da energia solar centralizada (gerada por grandes usinas) foi de 200%, enquanto a distribuída (pequenas centrais de geração) passou de 2.000%.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, só em 2020, a capacidade instalada em energia solar fotovoltaica cresceu 66% no país.
STI Norland
A STI Norland é fornecedora de rastreadores solares da América Latina e uma das empresas que mais cresce na Europa, segundo ranking da Financial Times.
A companhia espanhola focada em energia limpa e renovável possui filiais em 7 países em 5 continentes, dentre elas, a brasileira é uma das de maior destaque.
Com sua chegada ao Brasil em 2015, instalou-se em São Paulo (SP), tendo sua fábrica localizada em Camaçari (BA).
Atualmente, esta filial se destaca no setor de energia solar fotovoltaica no hemisfério sul, de acordo com a Wood Mackenzie, e continua em ascensão com projetos de todas as dimensões.