O estudo Global Market Outlook For Solar Power 2022-2026, relatório global da Solar Power Europe lançado neste mês em Munique, na Alemanha, mostra que a energia solar acaba de ultrapassar a marca histórica de 1 TW de potência instalada.
Segundo a pesquisa, o Brasil, líder na implementação da fonte na América Latina, deve se tornar um dos principais mercados globais nos próximos anos, podendo atingir 54 GW de capacidade total até 2026. Atualmente são 15,3 GW disponibilizados na matriz de geração nacional.
O relatório aponta que apesar dos impactos sem precedentes causados pela pandemia no mundo, a capacidade FV dobrou no mundo nos últimos três anos. Com isso, em abril o setor ultrapassou a marca de 1 TW de sistemas solares em operação no mundo.
A projeção é de que a tecnologia continuará acelerando seu crescimento, ultrapassando a marca de 2 TW em menos de quatro anos, o que representará o dobro da potência de geração de eletricidade da França e da Alemanha somadas.
O levantamento foi coordenado pela SolarPower Europe, associação europeia do setor solar, contando com a participação e co-autoria da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A entidade foi responsável por dois capítulos do documento: um que apresenta o panorama e perspectivas da fonte na América Latina e outro especificamente dedicado ao mercado no Brasil.
Vantagens da energia solar
“Compreender as vantagens da energia solar tanto em relação à economia quanto à sustentabilidade e respeito ao meio ambiente é crucial para a sociedade. Essa é a fonte de energia que mais gera empregos no mundo, além de ser uma das fontes energéticas mais estratégicas para acelerar o desenvolvimento sustentável do nosso país”, ressalta o CEO da companhia Elétron Energy, André Cavalcanti. A empresa, com sede em Pernambuco e filiais em diversas capitais brasileiras, planeja investir R$ 1,6 bilhão em novos parques de geração solar nos próximos anos.
A companhia está na região brasileira mais promissora para a energia fotovoltaica. O Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE), divulgou no final de fevereiro um informe técnico que demonstra o avanço das fontes eólica e solar no Nordeste do país.
Segundo o informe, a energia eólica e a solar somaram 45,5% na matriz de geração de 2020 e, pela primeira vez, transformaram a região de importadora para exportadora líquida de energia elétrica. A nova configuração da geração no Brasil modificou os intercâmbios entre estados e regiões, proporcionando maior diversidade de soluções de suprimento.
As usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração de energia do Brasil e sua geração é até dez vezes mais barata do que as fontes elétricas, considerando sobretudo os constantes aumentos tarifários. Juntas, as energias eólica e solar são as fontes de eletricidade de menor custo, comparando com a produção de eletricidade a partir de outros recursos.