A Prumo Logística, empresa responsável pelo desenvolvimento do Porto do Açu controlada pelo EIG, e a SPIC Brasil, assinaram nesta quarta-feira um acordo para desenvolver em conjunto projetos de geração de energia renovável onshore e offshore no Porto do Açu, localizado na região norte do Rio de Janeiro.
De acordo com os termos do Memorando de Entendimentos (MoU, na sigla em inglês), os estudos de viabilidade incluem a geração de energia solar, parques eólicos offshore e a produção de hidrogênio verde e azul.
“Anunciar esse acordo com a SPIC Brasil é extremamente relevante para o nosso grupo. Já somos sócios na construção do parque de geração de energia a gás natural da GNA no Açu. A ampliação da parceria com a SPIC, referência mundial na geração de energia renovável de grande porte, comprova que estamos no caminho certo para transformar o Açu no porto da transição energética do Brasil”, afirmou Rogério Zampronha, CEO da Prumo.
A SPIC Global é um dos 5 maiores geradores de energia no mundo, sendo a primeira em projetos implementados em geração solar, segunda em eólica e a décima em hidrelétrica.
O grupo tem mais de 67% de sua geração proveniente de energia limpa e, fora da China, o Brasil é a principal operação e país de investimento da SPIC no mundo.
Nesta parceria, a SPIC amplia as frentes de atuação em projetos de hidrogênio verde, possibilitando, ainda, a redução de emissões de carbono a partir do pilar de inovação, num modelo integrado e que orienta a transição energética do Grupo.
“Através da nossa matriz, mantemos cooperação com mais de 100 grandes empresas do setor de energia. Isso é muito importante para as nossas iniciativas de smart energy no Brasil. Estamos em contato com o que há de mais avançado, enquanto firmamos parcerias estratégias, como a que anunciamos com a Prumo. Nossa ambição é implementar energia verde de baixo carbono e de alta qualidade de forma competitiva e acessível. Para isso, investimos continuamente em inovação, pesquisa e desenvolvimento e parcerias globais e locais”, ressalta Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil.
Porto do Açu na transição energética
O Porto do Açu já é o principal hub de geração de energia a partir do gás natural da América Latina. O parque termelétrico da GNA conta com 3GW de energia contratada e capacidade adicional de 3.4GW licenciada.
A primeira usina, com 1.3GW de capacidade, entrou em operação em 2021. A segunda, com 1.7GW, encontra-se em construção e fornecerá energia a partir de 2025.
Nos próximos anos, novos investimentos no Porto do Açu contribuirão para impulsionar o desenvolvimento de setores estratégicos da economia brasileira, com especial foco na geração de energia renovável e na industrialização de baixo carbono.
“Assinamos acordos com empresas globais líderes em seus segmentos de atuação. Trabalhamos para que esses projetos saiam do papel de forma simultânea, aproveitando a expertise, a infraestrutura de classe mundial existente no Porto do Açu e a relevância da demanda por energia na região Sudeste. Nossa ambição é transformar parte dessa energia renovável competitiva em hidrogênio verde como insumo para alavancar a instalação de indústrias de baixo carbono, sobretudo nos segmentos de siderurgia e fertilizantes”, projeta Mauro Andrade, Diretor de Novos Negócios da Prumo.
“O hidrogênio verde gerado a partir de fontes renováveis é um dos principais vetores de aceleração do processo de transição energética. A partir da experiencia da SPIC na implementação e geração de projetos renováveis e através desta parceria com a Prumo, podemos estudar alternativas para produção, armazenamento, transporte e aplicação do hidrogênio na indústria, com foco principal na redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE)”, diz Marcela Pacola, diretora de Desenvolvimento de Negócios da SPIC Brasil.
Próximo aos centros de consumo de energia e localizado em uma das melhores regiões do país em incidência de vento no mar, o Açu está pronto para se tornar a principal base logística e de produção de equipamentos para parques eólicos marinhos no Brasil.
A região conta com cerca de 33 GW de projetos de eólica offshore em licenciamento ambiental.