O Gás Natural possui papel importante no processo de transição energética, não apenas por ser considerada uma fonte limpa, mas também pelo fato de abrir portas para financiamentos e investimentos no setor. Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o combustível ocupa 11,8% na matriz energética nacional, abaixo da participação média mundial, que é de 23%, o que reforça a ausência de políticas públicas e incentivo para seu uso no país.
Augusto Salomon, Presidente executivo da Abegás, (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado), ressalta a criação de projetos de lei que estimulem a sua utilização no Energy Day
“O Brasil conta com reservas expressivas de gás natural, especialmente no pré-sal e em campos no Nordeste. É preciso, portanto, que o país crie políticas públicas que estimulem os investimentos no setor. Hoje, se o Brasil reduzisse uma parcela da reinjeção na produção nacional, arrecadaria R$ 8 bilhões/ano em fundos de participação, royalties e ICMS, ou seja, uma maior geração de renda para estados e municípios”.
No Brasil, o mercado do gás natural ainda encontra barreiras devido mudanças regulatórias e a dominância da Petrobras em suas ações. Em 2019, um acordo firmado entre a Petrobras, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), determinou uma série de ações para que a empresa diminuísse sua participação no mercado. Entretanto, apenas 5% do volume de gás consumido no país está fora dos domínios da companhia, o que reforça o longo caminho para avanços no setor.
Assista ao evento completo do Energy Day na íntegra