A Neoenergia concluiu a primeira fase de obras das linhas de transmissão Guanabara e Itabapoana nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, e começou a receber 49 novos reatores de derivação.
Os equipamentos serão instalados para reduzir as perdas de energia desde a geração até a comercialização.
Os empreendimentos foram adquiridos pela companhia nos lotes 2 e 3 do leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em dezembro de 2018.
O projeto, que contempla a construção de 536 quilômetros de linhas (315 quilômetros de Guanabara e 221 de Itabapoana) e duas subestações, também contará com 1.174 torres de transmissão.
A fase de preparação do solo de todas as subestações segue avançando, incluindo a conclusão de alguns trechos e da concretagem das bases dos reatores e equipamentos de pátio. Dos 49 reatores, 18 serão instalados na subestação Campos 2, 7 na subestação Mutum, 17 na subestação Lagos e 7 em Terminal Rio.
Os equipamentos, que agem em paralelo ao sistema de transmissão de energia elétrica, minimizam perdas de energia e controlam as tensões ao longo de toda a linha de transmissão, desde a fonte geradora até o consumidor final.
“A expansão do sistema, por meio das linhas de transmissão Guanabara e Itabapoana, faz parte do compromisso da Neoenergia em garantir o desenvolvimento do setor elétrico do país. Nosso objetivo é proporcionar segurança, confiabilidade e padrões de qualidade e continuidade cada vez melhores aos nossos consumidores.”, afirma Fabiano Uchoas, diretor-presidente de Transmissão da Neoenergia.
As duas linhas possuem sinergia operacional, em circuito duplo, entre as subestações Mutum (MG) e Campos 2 (RJ), com tensão em 500 kV. Os ativos unirão a interligação Bahia – Minas Gerais à região metropolitana do Rio de Janeiro, por meio de linhas de transmissão com duas novas subestações de rede básica, para integração da nova geração térmica ao sistema, uma na região de Campos (SE Campos 2) e outra na região de Macaé (SE Lagos), ambas no Estado do Rio de Janeiro.
O funcionamento da interligação está previsto para o ano de 2023 e, além de trazer benefícios sistêmicos ao aliviar o carregamento da rede 345 kV existente no norte do estado do Rio de Janeiro, reduzirá perdas no fluxo de energia da interligação entre as regiões Nordeste e Sudeste e os principais centros de carga.
É estimada a criação de, respectivamente, 2,7 e 1,5 mil empregos diretos na região.
A expansão do sistema de transmissão permitirá, em longo prazo, o escoamento da produção total da energia proveniente do conjunto de novas usinas térmicas a gás natural previstas nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com capacidade estimada em cerca de 10 GW, sendo aproximadamente 2 GW já contratados.