Empresa apresentou três oportunidades de pesquisa para o setor de óleo e gás
A Petrobras remodelou seu sistema de gestão de inovação e apresentou mais um módulo do programa Petrobras Conexões para Inovação. O modelo é suportado por três pilares da nova gestão de portfólio de parcerias tecnológicas: geração de valor, com estreito alinhamento das entregas aos desafios da empresa; parcerias de alta competência com instituições de ciência e tecnologia ou empresas de referência com foco em resultados e redução do ciclo de desenvolvimento de tecnologia.
Como piloto para o novo ambiente de parceria tecnológica, a Petrobras anunciou oportunidades de pesquisa em três temas relevantes para a indústria de óleo e gás: “Desenvolvimento de método rápido para determinação de conteúdo renovável em misturas de combustíveis e biocombustíveis; Quantificação de processos em geologia estrutural para redução de incertezas em modelos geológicos, por meio de técnicas de inteligência artificial; e Inspeção remota em tanques de FPSO. As instituições de pesquisa interessadas em apresentar propostas de projetos nesses temas devem acessar o sistema de gestão de investimento em tecnologia da Petrobras (https://sigitec.petrobras.com.br/SIGITEC/). Depois do piloto, o novo modelo deve começar a funcionar, em definitivo, em janeiro do ano que vem.
“Nos últimos 20 anos, a Petrobras investiu cerca de R$10 bilhões em Instituições de Ciência e Tecnologia. Desse total, R$ 2,4 bilhões só em projetos de infraestrutura, ajudando a construir um parque de inovação de alto potencial no país. Por meio das parcerias tecnológicas, continuaremos com os nossos investimentos com foco na agregação de valor e na aceleração do nosso ecossistema de inovação, através da gestão ativa do portfólio de projetos”, explicou o diretor de Transformação Digital e Inovação da companhia, Nicolás Simone.
Para o gerente do Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), Juliano Dantas, a gestão de projetos precisa adequar-se ao momento atual, que demanda resiliência e produtividade. “Fazemos inovação há muito tempo, mas ela ganhou novas abordagens e modalidades de engajamento com o conceito de ecossistema. As parcerias precisam estar mais conectadas com uma carteira que garanta produtividade. Queremos aumentar a probabilidade de sucesso em P&D, detectar quais as barreiras precisamos transpor e que novos modelos de negócio devemos implantar para que uma solução gere valor. Por isso, aprimoramos a nossa relação com parceiros tecnológicos alinhando incentivos e tendo como pano de fundo o Programa Petrobras Conexões para Inovação”, comentou o executivo.
Além das parcerias tecnológicas, o programa Conexões para Inovação, lançado em 2019, conta ainda com o módulo Startups, para estreitar o relacionamento com o ecossistema de inovação também nessa modalidade. O módulo Startups está em sua segunda edição e, este ano, teve 363 startups inscritas das quais foram selecionadas 18. Elas dividirão uma verba a total de R$10 milhões e, a depender dos projetos desenvolvidos, poderão tornar-se fornecedoras da Petrobras.
Gestão
Outra novidade apresentada no modelo de parcerias tecnológicas é o lançamento de duas novas ferramentas para gestão das parcerias tecnológicas: Avaliação de Desempenho, para análise das dimensões técnico, administrativa e de relacionamento dos parceiros e Ambiente de Competitividade, que fará a gestão de todo o processo de seleção do projeto de pesquisa.
No novo modelo de gestão, a Petrobras usará técnicas avançadas de Analytics – ferramenta que monitora dados para apoio a decisões – para ajudar na seleção das universidades a serem convidadas para o desenvolvimento dos projetos, mostrando, por exemplo, quais instituições têm competência diferenciada em uma determinada área de conhecimento.
A avaliação também vai considerar a capacidade da instituição contribuir para o amadurecimento tecnológico (TRL) e o aumento do potencial de aplicação.
Atualmente, a Petrobras tem centenas de desenvolvimentos vigentes com parceiros externos, com 130 universidades. Os alvos em horizontes de curto, médio e longo prazo permanecem mas segundo Dantas, “o objetivo é que sejam acelerados”. Os detalhes do novo modelo de parceria científica estão disponíveis no site https://comunidadecientifica.petrobras.com.br/