A revisão de projetos prioritários com foco na preservação do caixa, a digitalização com automação dos processos manuais, e a aceleração da agenda implementação dos princípios do ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança). Essas são as principais ações que o sócio-líder do setor de energia da KPMG, Anderson Dutra, aponta como mudanças na indústria depois de um ano de lockdown devido à covid-19. Além disso, segundo ele com essas modificações, existe a perspectiva de retomada do crescimento no setor.
“A indústria criou protocolos de saúde e segurança robustos, em paralelo ao fato que o setor de saúde amadureceu. Além disso, projetos de desinvestimentos e desestatização voltam a fortalecer a agenda de empresas públicas, atraindo uma série de novas companhias para o Brasil. Como exemplo, temos os movimentos de venda de refinarias e de campos de petróleo e gás”, explica.
O sócio da KPMG também afirma que os juros baixos força as empresas a buscarem alternativas mais ousadas no mercado de capitais e a Bolsa Valores tem respondido bem a esses movimentos. “Essa é uma agenda que permanece viva e forte. As empresas estão trabalhando ativamente na gestão de portfólios de ativos, porém com um foco mais integrado, buscando soluções automatizadas, digitais e sustentáveis. Além disso, os preços das commodities voltaram a subir e dão boas perspectivas para o médio prazo. Com isso, a perspectiva é que este ano a indústria tenha resultados positivos, entretanto a resiliência deve permanecer na agenda dos executivos”, finaliza.