Page 75 - Revista Full Energy - Edição 34
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e no seu funcionamento. É um movimento em
curso com maior ou menor velocidade em cada or-
ganização, mas há sinais de que essa é uma via sem
retorno”, afirma.
Cunha afirma que os setores da energia se po-
sicionam na base da infraestrutura, impactando
fortemente todas as cadeias econômicas, o que faz
com que o compliance desse setor seja fundamen-
tal para toda a cadeia produtiva. “Dessa forma, a
transparência é fundamental para o estabeleci-
mento de relações harmônicas e confiáveis, bem
como o funcionamento republicano dessa indús-
tria”, completa. Segundo o Instituto Brasileiro de
Compliance (IBC), três pilares são fundamentais
para a implantação de compliance: transparência,
integridade e legalidade.
Tendência “PROGRAMAS DE COMPLIANCE
Em tempos de operação Lava Jato, em que BEM CONDUZIDOS, ALÉM DE
grandes empresas do Brasil, dos mais diver- COIBIREM ATITUDES ANTIÉTICAS,
sos setores, são investigadas por esquemas POSSIBILITAM O AUMENTO
de corrupção contra os cofres públicos, falar DA PRODUTIVIDADE.”
em compliance não se resume apenas a falar
sobre transparência. “É preciso falar também Paulo César Cunha,
sobre a capacidade de comunicação que o consultor da FGV Energia
setor energético necessita aprimorar perma-
nentemente, permitindo que as informações existe muito espaço no setor duzidos, além de coibirem
e decisões que afetam a todos sejam compre- energético para a prática e atitudes antiéticas, possibi-
endidas e partilhadas com a sociedade de ma- adoção de políticas de con- litam o aumento da produ-
neira positiva, superando preconceitos e mis- formidade com as leis e de tividade”, diz Cunha.
tificações”, afirma Cunha. transparência nas institui-
ções. “O aprimoramento da “Experiências bem-sucedidas
Ao longo dos quatro anos em vigor no Bra- governança e da transparên- são as que identificam adequa-
sil, a Lei Anticorrupção mostrou que a imple- cia nas empresas é hoje uma damente os riscos e implemen-
mentação de programas de compliance tende a agenda do mercado, o que é tam sistemas de controles inter-
começar em grandes companhias, que são vi- exigido principalmente das nos alinhados com os valores
trines do mercado, se disseminando posterior- empresas de maior porte, da organização. Os maiores
mente entre empresas menores. Cunha explica como as que operam nos se- desafios, entretanto, são a dis-
que esse é um processo orgânico. “Observe-se tores energéticos. Programas ciplina na implementação e a
que esses setores, tanto no segmento de óleo de compliance, bem con- persistência no exercício”, fi-
e gás, quanto na indústria da energia elétrica, naliza Cunha.
contemplam atividades reguladas e as relações
com o Poder Concedente devem também fazer
parte desse esforço de conformidade. As Agên-
cias Reguladoras têm contribuído nesse senti-
do”, ressalta.
O consultor da FGV Energia aponta que
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curso com maior ou menor velocidade em cada or-
ganização, mas há sinais de que essa é uma via sem
retorno”, afirma.
Cunha afirma que os setores da energia se po-
sicionam na base da infraestrutura, impactando
fortemente todas as cadeias econômicas, o que faz
com que o compliance desse setor seja fundamen-
tal para toda a cadeia produtiva. “Dessa forma, a
transparência é fundamental para o estabeleci-
mento de relações harmônicas e confiáveis, bem
como o funcionamento republicano dessa indús-
tria”, completa. Segundo o Instituto Brasileiro de
Compliance (IBC), três pilares são fundamentais
para a implantação de compliance: transparência,
integridade e legalidade.
Tendência “PROGRAMAS DE COMPLIANCE
Em tempos de operação Lava Jato, em que BEM CONDUZIDOS, ALÉM DE
grandes empresas do Brasil, dos mais diver- COIBIREM ATITUDES ANTIÉTICAS,
sos setores, são investigadas por esquemas POSSIBILITAM O AUMENTO
de corrupção contra os cofres públicos, falar DA PRODUTIVIDADE.”
em compliance não se resume apenas a falar
sobre transparência. “É preciso falar também Paulo César Cunha,
sobre a capacidade de comunicação que o consultor da FGV Energia
setor energético necessita aprimorar perma-
nentemente, permitindo que as informações existe muito espaço no setor duzidos, além de coibirem
e decisões que afetam a todos sejam compre- energético para a prática e atitudes antiéticas, possibi-
endidas e partilhadas com a sociedade de ma- adoção de políticas de con- litam o aumento da produ-
neira positiva, superando preconceitos e mis- formidade com as leis e de tividade”, diz Cunha.
tificações”, afirma Cunha. transparência nas institui-
ções. “O aprimoramento da “Experiências bem-sucedidas
Ao longo dos quatro anos em vigor no Bra- governança e da transparên- são as que identificam adequa-
sil, a Lei Anticorrupção mostrou que a imple- cia nas empresas é hoje uma damente os riscos e implemen-
mentação de programas de compliance tende a agenda do mercado, o que é tam sistemas de controles inter-
começar em grandes companhias, que são vi- exigido principalmente das nos alinhados com os valores
trines do mercado, se disseminando posterior- empresas de maior porte, da organização. Os maiores
mente entre empresas menores. Cunha explica como as que operam nos se- desafios, entretanto, são a dis-
que esse é um processo orgânico. “Observe-se tores energéticos. Programas ciplina na implementação e a
que esses setores, tanto no segmento de óleo de compliance, bem con- persistência no exercício”, fi-
e gás, quanto na indústria da energia elétrica, naliza Cunha.
contemplam atividades reguladas e as relações
com o Poder Concedente devem também fazer
parte desse esforço de conformidade. As Agên-
cias Reguladoras têm contribuído nesse senti-
do”, ressalta.
O consultor da FGV Energia aponta que
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