Virgo impulsiona captação de recursos para projetos de energia renovável

Virgo já participou de seis operações, totalizando R$ 889 milhões para o setor

Com enorme potencial para energia renovável, o Brasil avança na adoção desse sistema por cidadãos, empresas e esfera pública, que recorrem à geração distribuída para produzir eletricidade no próprio local e receber compensação da distribuidora responsável pelo atendimento.

Segundo estudo viabilizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), esse modelo pode diminuir a conta de luz de todos os brasileiros, que o utilizem ou não, em 5,6% na próxima década. Para incentivar ainda mais a propagação da energia renovável, a Virgo – plataforma de serviços e soluções financeiras no mercado de capitais – anunciou condições para empresas do setor captarem recursos e se desenvolverem.

Focada em atender projetos com necessidade de financiamento entre R$ 10 e R$ 50 milhões, a Virgo irá conectá-los a investidores para financiamento de até 100% dos custos de implementação de plantas solares.

As formas de captação serão por meio da antecipação de recebíveis de projetos operacionais ou em construção, financiamento das obras e equipamentos ou pelo reembolso dos investimentos feitos nos últimos 2 anos.

Inicialmente, a empresa participou de seis operações que movimentaram mais de R$ 889 milhões para o setor, e ainda possui nove transações em análise, com o total de R$ 202,8 milhões a serem absorvidos. Dessa forma, serão mais de R$ 1 bilhão destinados a projetos de energia renovável.

Segundo Daniel Magalhães, cofundador, CEO e CPO da Virgo, os aumentos tarifários da rede convencional, os gargalos enfrentados no sistema elétrico e a preocupação cada vez maior com pautas ESG impulsionam o mercado de energia renovável de ambos os lados, tanto dos geradores de energia quanto dos investidores.

“A busca por uma vida mais sustentável, tanto ambiental quanto economicamente, gera mudanças nos hábitos de consumo e impacta o desenvolvimento de novos setores. O crescimento das oportunidades de geração distribuída está chamando a atenção dos investidores, como Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), Fundos de Infraestrutura e Fundos de Crédito, além de compor as carteiras de clientes Private e de Wealth Managers. Esses projetos são investimentos estratégicos pois possuem solidez e, normalmente, receitas recorrentes e de longo prazo, além de serem reconhecidos por alcançarem bons retornos”, diz Magalhães.

Por possuírem gastos imobiliários e com maquinários fixos, que podem se enquadrar em destinação para Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), e ter uma geração de caixa que financia a própria operação, as iniciativas de geração distribuída são vantajosas e seguras para os investidores tanto de CRI quanto de Créditos Estruturados, como Debêntures e Cédula de Crédito Bancário (CCB), ou Notas Comerciais. Os investimentos privados nesses sistemas, com foco em energia solar, cresceram 41% no primeiro semestre de 2022 no Brasil, de acordo com dados da Absolar.

Em sua rede de relacionamento, a Virgo possui mais de 260 investidores institucionais que terão essa opção para diversificar suas carteiras.

Hoje, são mais de 1 milhão de sistemas de micro e minigeração distribuída de energia conectados em 5.491 municípios do país. Apesar de ser válida para diversas fontes, como eólica e hídrica, a solar fotovoltaica é a que lidera o segmento. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, para o CEO da Virgo, indicam um avanço que pode ser ainda mais explorado.

“A geração distribuída fez o Brasil saltar da nona posição de produção de energia solar, em 2020, para a quinta, em 2021. Isso já indica um enorme avanço, mas também sabemos que a adoção de energias renováveis em escala global ainda está abaixo do necessário para atingir as metas de acordos de desenvolvimento sustentável, como o de Paris. É preciso incentivar esse mercado e mostrar que são inúmeros os benefícios que a geração distribuída traz, como uma energia de melhor qualidade, sem tantas perdas técnicas nas linhas da transmissão e distribuição, e também menos agressão ao meio ambiente”, finaliza Daniel Magalhães.

 

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