A energia gerada pelos ventos no ano passado evitou a emissão de 34 milhões de toneladas de CO2 no país, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). O montante é equivalente ao gás carbônico emitido por cerca de 34 milhões de carros de passeio e demonstra o papel fundamental das energias renováveis — e em especial das eólicas — no processo de transição para uma economia de baixo carbono.
Uma das empresas que vem investindo na geração renovável é a 2W Energia, que possui dois parques eólicos em construção no Nordeste — um investimento total de R$ 2,2 bilhões e que deve acrescentar 400MW de potência ao setor. Juntos, os dois parques devem evitar a emissão de mais de 900 mil toneladas de CO2 por ano por meio da geração de energia limpa.
“Sabemos que os investimentos em geração renovável são fundamentais para a transição para uma economia de baixo carbono. Temos outros projetos em vista e queremos fazer parte desta mudança para uma relação mais eficiente e sustentável no uso da energia elétrica”, afirma Claudio Ribeiro, CEO da 2W Energia.
Previsto para entrar em operação ainda neste ano, o parque eólico Anemus (Currais Novos/RN) possui capacidade de geração de 138,6 MW, representando 332 mil toneladas de emissão de CO2 evitadas por ano.
O segundo parque da empresa, Kairós (Icapuí/CE), está em fase de obras e deve entrar em funcionamento em 2023 com praticamente o dobro da capacidade. Com 261 MW de potência instalada, deverá evitar a emissão de 590 mil toneladas de CO2 por ano.
Atualmente, a energia eólica é a segunda fonte da matriz elétrica brasileira, com 12,7% de participação. No cenário mundial, o Brasil conquistou o sexto lugar no Ranking Global de Capacidade Instalada onshore, segundo a Global Wind Energy Council (GWEC), e estima-se que continue expandindo com o tema da descarbonização ganhando cada vez mais espaço na agenda das nações e das empresas.
No ano passado, o Brasil se comprometeu na COP26 a reduzir suas emissões de CO2 em 50% até 2030, com base nos níveis de 2005; ao menos quatro estados brasileiros se comprometeram com a campanha “Race do Zero” da ONU e o número de empresas com metas de redução de emissões até 2050 dobrou chegando a 3 mil organizações.
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