A energia solar acaba de atingir a marca histórica de 13 gigawatts (GW) de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
De acordo com a entidade, o País possui atualmente mais de 1,2 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para mais de 1,5 milhão de unidades consumidoras.
Desde 2012, foram mais de R$ 70,9 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 390 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, e uma arrecadação de R$ 17,3 bilhões.
Segundo a ABSOLAR, a tecnologia solar fotovoltaica já está presente em 5.502 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina.
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o ano de 2022 poderá ser o melhor ano da energia solar já registrado no Brasil na última década.
A geração própria de energia solar seguirá crescendo a passos largos e deverá praticamente dobrar sua potência operacional instalada.
“Do final de 2021 para setembro deste ano, a geração própria de energia solar saltou de 8,4 GW para 13 GW de potência instalada, um crescimento 54%, enquanto os investimentos saltaram neste período de R$ 42,4 bilhões para R$ 70,9 bilhões, um aumento de 67%”, revela Sauaia
Na análise de Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, “o crescimento acelerado dos projetos fotovoltaicos em residências e empresas está ligado a fatores como o alto custo da energia elétrica no País, o barateamento dos preços do sistema solar e o período de transição previsto na Lei 14300/2022, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023.”
Indicadores da geração própria de energia solar
A fonte solar lidera com folga o segmento, com mais de 99,9% das instalações do País. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, com 78,4% das conexões.
Em seguida, aparecem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (11,8%), consumidores rurais (7,7%), indústrias (1,7%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,005%).
Em potência instalada, os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar, com 47,4% da potência instalada no País, seguidos de perto pelos pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (30,8%), consumidores rurais (13,6%), indústrias (7,0%), poder público (1,1%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%).