Welcome Energia 2021 trouxe conhecimento de grandes personalidades

O evento reuniu importantes nomes do setor energético brasileiro na manhã desta terça-feira (16)

A Welcome Energia 2021 aconteceu na manhã desta terça-feira (16) às 08h15 com uma live pelo canal do Grupo Mídia no YouTube e pela página da revista Full Energy no Facebook.

O evento começou com uma breve mensagem de abertura do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre a importância da Welcome 2021e também sobre o cenário brasileiro durante sua atuação no ministério. Ele ainda acrescentou que o grande desafio para o Brasil nos próximos anos é estabelecer novo mercado de gás.

Em seguida, Marisete Pereira (secretária-executiva no Ministério de Minas e Energia) apresentou a primeira palestra. Ela salientou as principais conquistas do ministério nos últimos dois anos, como mais luz para Amazônia; leilão de transmissão; produção de petróleo e o 2º ciclo da oferta permanente.

Ela citou, também, o RenovaBio, Promar, Bidsim e o Reate , como alguns exemplos de programas políticos para o setor da energia. Como planejamento para o futuro, a secretária disse que as medidas serão: políticas públicas, expansão do setor e posicionamento estratégico.

 

PRIMEIRA MESA-REDONDA

Depois de Marisete, houve a primeira mesa-redonda às 09h15 com o tema “Desafios, avanços e oportunidades da Matriz Energética Brasileira”. Participaram dessa mesa: Celso Cunha (presidente da ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nucleares), José Mauro Coelho (secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia); Plinio Nastari (presidente da Datagro); Ricardo Baitelo  (especialista-técnico regulatório da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica); Sandro Yamamoto (diretor-técnico da ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica e Carlos Quintella (diretor-executivo da FGV Energia) como moderador do debate.

Carlos Quintella iniciou o bate papo perguntando para cada um dos convidados o que achavam dos como principais desafios e oportunidades da matriz energética brasileira. Plínio Nastari foi o primeiro a falar e acredita que o Gás Natural é muito promissor, já que se enquadra como biocombustível. Ele explicou que as vantagens desse gás são inúmeras, pois ele representa uma oportunidade de geração distribuída de gás em todo o País.

José Mauro Coelho deu continuidade no assunto dizendo que o Gás Natural vai passar a representar de 11% para 14% das fontes renováveis no Brasil nos próximos anos. Para isso, ele disse que é fundamental a aprovação da Lei do Novo Mercado, porque vai garantir maior competitividade ocasionando melhor preço desse gás.

Celso Cunha apresentou o setor nuclear como uma fonte que tende a crescer muito em futuro próximo. “Temos como tendência o urânio no setor nuclear, e o Brasil conta com uma reserva de urânio boa, então em termos de suprimento estamos bem. Lembrando que o preço do urânio hoje está muito baixo, mas no futuro esse valor vai aumentar. O País está bem posicionado.”

Sandro Yamamoto trouxe suas contribuições para o setor de energia eólica. Ele explicou que o setor eólico está crescendo por ser uma fonte renovável e representar atualmente 30 milhões de residências no Brasil sendo abastecidas com esse tipo de energia. Ele frisou que não existe uma batalha entre as energias, mas sim uma soma (cada uma com o seu espaço e sua porcentagem).

Ricardo Baitelo finalizou falando da energia solar fotovoltaica. “Temos o excelente potencial desse tipo de energia no Brasil, mas também desafios. Até o final desse ano, a energia solar vai passar a representar uma fatia crescente da matriz energética brasileira.”

 

APRESENTAÇÃO DA CENEGED

Depois da primeira mesa redonda, o diretor-presidente da Ceneged, Renato Albuquerque Felipe, falou sobre a empresa  no âmbito nacional. “Trabalhamos no setor elétrico na parte de infraestrutura e temos o orgulho de desenvolver pessoas. Sempre digo que as pessoas são o nosso maior patrimônio e riqueza.”

 

SEGUNDA MESA-REDONDA

Após a apresentação da Ceneged, o evento continuou com a segunda mesa-redonda às 11h15 cujo tema foi “O que esperar da nova década para o setor elétrico brasileiro”. Participaram dessa mesa: Andrew Frank Storfer (CEO da América Energia); Bárbara Rubim (vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica); Newton Duarte (presidente-executivo da Cogen – Associação da Indústria de Cogeração de Energia); Reginaldo Medeiros (presidente-executivo da Abraceel – Associação Brasileira de Comercializadores de Energia); Rui Altieri (presidente do Conselho de Administ Presidente do Conselho de Administração da CCEE) e Carlos Evangelista (presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída – ABGD) como moderador do debate.

Carlos Evangelista começou o bate papo perguntando para cada integrante o que esperavam para a nova década no setor. Newton Duarte foi o primeiro a falar e acredita que já estamos passando pelo processo de aumentar as fontes renováveis. Ele citou que o Brasil possui 48% de fontes renováveis na matriz energética enquanto o resto do mundo possui apenas 14% – e isso já representa um avanço. Mas ele pontou que é preciso ter inteligência para usar essas fontes da melhor maneira possível.

Bárbara Rubim deu continuidade no assunto dizendo que concorda com Duarte, mas acrescentou a questão das mudanças climáticas. Ela explicou que a ONU mostrou que o Brasil assim como os outros países, não atingiu sua meta para redução de emissão do CO2, então esse compromisso vai permanecer. Além disso, ela falou que modernização do setor vai ser uma pauta nos próximos anos também.

Rui Alteri também concordou com Duarte e salientou a importância das usinas hidrelétricas para o Brasil – que é uma fonte renovável. “Temos apenas uma usina hidrelétrica sendo construída no Brasil, isso vai fazer falta para o país no futuro. É preciso, também, arranjos comerciais para viabilizar a deficiência que as renováveis têm quando o sistema não pode operar.”

Reginaldo Medeiros, por sua vez, trouxe a questão da capitalização da Eletrobrás como tendência importante para o setor. Isso por que é preciso colocar a energia de Itaipu, por exemplo, com um preço menor no mercado para que exista maior competitividade. Ele acha que o Brasil precisa de um cronograma mais claro de abertura de mercado.

Andrew Frank Storfer finalizou o debate explicando que, pelo fato do Brasil já ter usado muito as usinas hidrelétricas como fonte de energia, hoje existe um movimento contrário a isso. Ele acrescentou, ainda, que os veículos podem ser uma boa opção para a questão da descarbonização, já que o futuro conta com carros elétricos.

 

Confira o Welcome Energia 2021 completo no vídeo abaixo:

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