Apoiado pelo BNDES, terminal de gás natural na bacia do Amazonas é inaugurado em Barcarena (PA)

O empreendimento faz parte do projeto Complexo Termelétrico Barcarena, que possui financiamento de R$ 1,8 bilhão do BNDES, cerca de 65% do investimento total da Centrais Elétricas Barcarena S.A

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o Ministério de Minas e Energia e o Governo do Pará, participou, nesta quarta-feira, 28, da inauguração do primeiro terminal de importação de Gás Natural Liquefeito (GNL) da região Norte, em Barcarena, no Pará.

O empreendimento faz parte do projeto Complexo Termelétrico Barcarena, que possui financiamento de R$ 1,8 bilhão do BNDES, cerca de 65% do investimento total da Centrais Elétricas Barcarena S.A (CELBA 2).

Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o papel do gás natural é essencial para a segurança energética do Norte do Brasil, além de substituir outras fontes fósseis com menor pegada de carbono.

“Estamos registrando uma nova era energética para a região Norte do Brasil. Além de atender às necessidades energéticas da vasta atividade industrial e econômica concentrada nesta região, o terminal também irá ajudar a levar energia mais limpa e sustentável para a Bacia do Rio Amazonas”, disse o ministro.

A Unidade Termelétrica (UTE) Novo Tempo de Barcarena torna o estado do Pará um dos líderes da descarbonização do país.

Ao todo, foram investidos no terminal de abastecimento de GNL cerca de R$ 280 milhões em instalações capazes de regaseificar 15 milhões de m³/dia – o que equivale a 22% de toda a demanda de gás natural do Brasil em 2022.

A instalação consiste em um terminal em terra e uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação (FSRU em inglês) em alto-mar.

Com aproximadamente 300 metros de comprimento (o equivalente a quase seis piscinas olímpicas), o navio (FRSU) é uma unidade de processamento que vai armazenar gás natural em sua forma líquida e o converter em gás natural em estado gasoso, para que seja entregue para a distribuição.

Apenas com a substituição do combustível usado na geração de energia, 30% menos CO2 será emitido na atmosfera.

Além disso, a UTE será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) colaborando, ainda mais, com a robustez de um dos maiores e mais confiáveis sistemas do planeta.

A partir do ano que vem, o combustível também será usado como alternativa ao carvão mineral em uma termelétrica, reduzindo consideravelmente a pegada de carbono tanto da geração de energia quanto dos processos industriais.

O terminal inaugurado faz parte do projeto Complexo Termelétrico Barcarena, com investimentos de R$ 2,5 bilhões e financiamento de R$ 1,8 bilhão do BNDES, do quais R$ 1,4 bilhão já foram desembolsados. O projeto foi estruturado no Banco, por meio da linha BNDES Finem.

A previsão de inauguração da usina é em julho de 2025. A iniciativa apoiada pelo BNDES abrange ainda a construção de uma linha de transmissão de cerca de cinco quilômetros de extensão para conexão da usina ao Sistema Interligado Nacional de energia.

“Por substituir as usinas de geração a diesel, mantendo a estabilidade do sistema interligado brasileiro, as termelétricas a gás têm um papel relevante na transição energética”, comenta a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, destacando que cerca de 90% da geração elétrica é baseada em fontes limpas.

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